Farra no Tribunal de Contas da União
Um tribunal de contas é feito para cuidar das contas, certo? No Brasil, mais ou menos. O Tribunal de Contas da União, que deveria dar o exemplo, anda pisando na bola. Aprovou recentemente sua proposta de plano de carreira que será remetida ao Congresso. Segundo ela, o tribunal terá nada menos que 144 servidores em funções comissionadas equivalentes ao antigo DAS 5. Vai além do dobro do que dispõe todo o governo federal. Note-se que o TCU é um simples órgão auxiliar do Congresso. Mais. Colocou para chefiar sua Secretaria de Controle Interno as mesmas funcionárias que, nos últimos anos, comandaram licitações como a da construção dos edifícios anexos do tribunal. Ou seja, as funcionárias poderão acabar fiscalizando os atos que elas mesmas praticaram. Uma curiosidade: a empreiteira Guimarães Castro, que construiu os edifícios anexos, doou para a Associação dos Funcionários do TCU um carro zero-quilômetro que será sorteado entre seus associados. Simples gesto de boa vontade.

Outro Luiz Estevão
Caso o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) tenha o mandato cassado, sua vaga fica para o suplente Valmir Amaral, uma figura, digamos, folclórica de Brasília. Também frequentador assíduo das colunas sociais da capital, Amaral é o principal empresário de ônibus da cidade e, como Estevão, amigo pessoal do governador Joaquim Roriz. Mas dedica boa parte de seu tempo à briga com o governo pelo aumento das passagens urbanas.

PF da malvadeza
Na Bahia, a Polícia Federal comemorou seus 35 anos de criação com uma festa patrocinada pelo Sindicato das Empresas de Segurança. Tudo bem se não fosse exatamente no momento em que a opinião pública baiana mais reclama contra a falta de fiscalização nas empresas de segurança.

Sexo, mentiras e acordos políticos
Preparativos do senador Renan Calheiros (foto) para o encontro de sexta-feira 19 com o governador Itamar Franco: negar que a cúpula do PMDB esteja tentando atrair Anthony Garotinho. Itamar teme estar sendo vítima de uma armação de Jader Barbalho e Geddel Vieira Lima, visando fazer do governador do Rio o candidato do partido a presidente. “Nada disso! Namorar com Garotinho seria pedofilia”, jura Renan.

“Na baixa, o Malan procurava o PFL; na alta, ele voltava para o PSDB”
Do líder do PFL na Câmara, Inicêncio Oliveira

Rápidas

  • O PFL na Câmara jura de pés juntos que, nos próximos 15 dias, irá aprovar o projeto que proíbe a venda de armas no Brasil. Sem alterações no texto original.
  • De qualquer forma, o líder do governo, José Roberto Arruda (PSDB-DF), rea-presentou o texto no Senado. Acertou com Renan Calheiros para relatá-lo em tempo recorde.
  • A bancada gaúcha fechou questão contra o projeto. Até o pacifista senador Pedro Simon (PMDB-RS) diz que não pode prejudicar a indústria de armas do seu Estado.