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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou nesta quarta-feira, em Brasília, o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – que mede a inflação oficial) que registrou em março 6,59% no acumulado de 12 meses, estourando assim o teto da meta do governo, de 6,5%. Para Mantega, o resultado ocorreu pela influência da alta dos alimentos, mas afirmou que essa tendência deverá se encerrar rapidamente. "As taxas agrícolas vão começar a baixar. O principal fator de elevação dos preços foi a entressafra e outros fatores sazonais".

Guido Mantega afirmou ainda que o preço do tomate – um dos vilões do resultado do IPCA de março – está muito elevado pelo regime de chuvas no País, mas que a tendência é que o preço não se mantenha nos próximos meses. O minisitro também disse que o governo não irá poupar esforços para combater a alta da inflação.

"O governo não popuará medidas para conter a alta nos preços. A boa noticia é que a inflação (mensal) de março foi menor que janeiro e fevereiro e isso confirma a trajetória de redução", afirmou.

Além disso, o ministro afirmou que o governo irá continuar com o programa de desoneração. "O programa de desonerações vai continuar para garantir a competitividade da produção brasileira. Com o custo financeiro reduzido, vamos também reduzir tributos. O cenário é favorável".

Para 2013, Mantega afirmou que o governo terá uma redução de R$ 70 bilhões, ou seja, 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em impostos, sendo que em 2014 o montante irá para R$ 88 bilhões, graças as desonerações da folha de pagamento anunciadas pela MP 612 – que abrange 14 setores da economia.

Também presente no evento em Brasília, o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que a indústrias sucroalcooleira, química e têxtil poderão receber benefícios fiscais parecidos com os concendidos à indústria automobilística.

"São benefícios fisciasconcedidos sem condições. Eles estão sempre ligados a meta dee eficiência, pProdutividade e manutenção de empregos. Acho que é o conjunto de normas que estamos avançando e que vai resgatar a indústria brasileira", disse.