Enquanto os produtores de Hollywood não batem o martelo sobre qual atriz interpretará a arqueóloga Lara Croft no cinema, a fabricante de joguinhos Eidos aproveita o furor em torno de sua musa virtual para alavancar as vendas natalinas. A partir da próxima semana, chega às lojas brasileiras Tomb raider – a revelação final (R$ 80), quarto episódio da série de aventuras da inglesa de 32 anos, 1,78m de altura, 97 centímetros de busto, 86 de quadril e cintura de pilão (56 centímetros). Com caixa e manual traduzidos para o português, o jogo mostra Lara em uma expedição pelo Egito, onde ela desfila sua habilidade de lutadora ninja enquanto desvenda enigmas deste e de outros mundos. Mas a história é o que menos importa. A novidade é a própria Lara Croft, espécie de Indiana Jones de shortinho e blusa decotada, que nesta versão emagreceu e passou por uma plástica facial. Agora ela move os lábios ao falar, pisca os olhos amendoados e movimenta-se a bordo de cordas e cipós. Quem tem espírito de aventura também pode assumir o papel que foi de Harrison Ford numa partida de Indiana Jones – a máquina infernal (R$ 70), produzido pela Lucas-Arts, empresa do diretor George Lucas, de Guerra nas estrelas. A história se passa em 1947, durante a guerra fria, e mostra a saga de agentes soviéticos dispostos a reconstruir uma máquina feita pelo deus Marduk, que estava guardada na Torre de Babel no momento de sua destruição. Ao longo de 17 capítulos, o jogador assume o papel de Indiana Jones e precisa lutar contra os inimigos, desafiar criaturas estranhas e lançar seu chicote sobre cobras venenosas. Tudo para coibir os soviéticos.

Aviação – Dona do mais vendido simulador de vôo para PC do mundo, o Flight simulator 2000 (R$ 80), a Microsoft decidiu apostar também no Age of empires II: the age of kings (R$ 74), jogo de estratégia que cobre mil anos de história, da queda do Império Romano à Idade Média. O simulador 2000 vem com novos recursos como o sistema gráfico em 3D e modelos de aeronaves que não existiam antes (como o europeu Concorde e o americano Boeing 777-300) e mais de 21 mil aeroportos. Também é possível “baixar” pela Internet informações meteorológicas reais de qualquer local do planeta. Desenvolvido por um dos estúdios de animação mais respeitados dos EUA, o Ensemble, Age of empires II (A era dos impérios) propõe ao jogador comandar uma entre 13 civilizações, incluindo a mongol, a celta, a dos vikings e a japonesa. Cada uma possui atributos culturais, tecnologia própria e unidades militares que respeitam as características originais. Há figuras históricas como Joana D’Arc, William Wallace, Genghis Khan e Saladino.

A indústria dos jogos preparou ainda novidades para entreter toda a família. Um dos lançamentos da francesa Infogrames é Pernalonga perdido no tempo (R$ 65), jogo para PC voltado a crianças a partir de oito anos que tem manual e algumas telas em português. Terceiro personagem mais querido no universo de desenho animado da Warner Bros, depois de Piu-Piu e Taz (o diabo da Tasmânia), Pernalonga aciona por engano uma máquina do tempo e passeia por diversos períodos da história. Cabe ao jogador ajudá-lo a encontrar as cenouras espalhadas pelo jogo, que são a chave para saltar de uma era a outra. No caminho, o coelho encontra dinossauros, piratas, marcianos e velhos companheiros de desenho animado. Para pegar carona na febre dos Pokémon, a Nintendo prepara uma seleção de cartuchos para o videogame Nintendo 64 e o Game Boy, console portátil onde os monstros de bolso fizeram sua estréia. No Pokémon Amarelo (R$ 100), o jogador procura, captura e treina o maior número de monstros possível. A estrela é Pikachu, que só fica feliz, saudável e capaz de evoluir dentro da hierarquia Pokémon depois de muita pancadaria. É diversão garantida, apesar do preço amargo.