Além de um belo trabalho poético em preto-e-branco, o fotógrafo baiano Mario Cravo Neto também tem uma produção documental em cores não menos vigorosa. Esta outra vertente, que ele não expunha há 13 anos, encheu de vida as paredes do novo espaço cultural inaugurado em São Paulo. O propósito da mostra, que reúne 30 reproduções em formato 1mx1m, é o lançamento do livro Salvador – Cravo Neto (Áries Editora, 242 págs., R$ 215), com 181 registros da capital baiana. Em imagens aveludadas, banhadas por uma luz extraordinária, Cravo Neto realiza um painel das várias facetas da cidade, revelando sua beleza natural e arquitetônica, suas festas e seus moradores anônimos ou ilustres como o escritor Jorge Amado e o antropólogo e fotógrafo Pierre Verger. São fotos acumuladas ao longo de 30 anos que mostram uma Salvador adormecida no maravilhoso sonho de seus mitos. (I.C.)
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