Interessados em cinema sabem que é considerada um marco a interpretação da francesa Maria Falconetti em O martírio de Joana D’Arc, filme dirigido pelo dinamarquês Carl Theodor Dreyer, em 1928. Tendo o fato em mente, fica muito fácil falar mal da atriz, modelo e cantora ucraniana Milla Jovovich, 23 anos, estrela de Joana D’Arc de Luc Besson (The messenger: the story of Joan of Arc, França, 1999), cartaz nacional a partir da sexta-feira 17. Até aí tudo bem, já que até Jean Seberg e Ingrid Bergman foram desfavoravelmente comparadas à atriz do cinema mudo. Mas mesmo com a presença sem sal de Milla, o diretor Luc Besson realizou uma produção de US$ 60 milhões, com muito sangue e boas cenas de batalha.

Para emoldurar a história da jovem com visões que a conclamavam a liderar o exército francês contra o invasor inglês, Besson contou com nomes de peso no elenco como John Malkovich, Faye Dunaway e Dustin Hoffman no papel da consciência da guerreira queimada aos 19 anos. Milla bem que se esforçou para transformar sua fotogenia de modelo em interpretação. Mas não deu certo. Ela, contudo, não vai ficar na berlinda por muito tempo. Mira Sorvino está ousando interpretar a heroína na fase adolescente em Joan of Arc: the virgin warrior, ainda em produção. Tomara que ela não seja a próxima vítima.