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Os acidentes de trânsito envolvendo ciclistas não param de crescer nas cidades mais populosas do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde, nove usuários de bicicletas são internados por dia, vítimas de acidentes nas ruas e avenidas, e, a cada dois dias, um destes internados morre. No Rio de Janeiro, o problema também é gritante, mesmo com 305 km de vias destinadas a esse meio de transporte. No domingo 31, por exemplo, a produtora de programas do canal GNT Gisela Matta morreu atropelada por um ônibus enquanto andava de bicicleta nas ruas do Leblon. Apesar dos investimentos do setor público, os acidentes continuam. E esse não é um problema exclusivo do Brasil: cerca de 50% dos ciclistas mortos no tráfego europeu colidiram com um carro. Toda essa estatística problemática fez com que empresas como a Volvo criassem novas tecnologias para deixar seus carros mais seguros e evitar colisões fatais.

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Vagalume
Firefly: bicicleta que possui uma cúpula de luzes LED
que muda de cor conforme o comando do condutor

A partir de maio, a montadora sueca vai implantar em seus modelos 2013 um novo sistema de radares anticiclistas que aciona os freios automaticamente assim que é detectado o perigo de atropelamento iminente. Essa é uma evolução do atual software de detecção de pedestres, já presente em modelos da montadora, como o sedã S60 e a perua V60. Enquanto essas inovações não chegam a todos os carros, estúdios independentes espalhados pelo mundo criam objetos que deixem o ciclista com maior visibilidade nas ruas e estradas. Um capacete que possui luz de freio e farol e ainda dá seta a partir de um dispositivo Bluetooth acoplado ao guidão está entre as produções do designer húngaro Balázs Filczer. Outra novidade foi idealizada pelo estúdio americano Geospace, autor do Firefly, que concebeu uma espécie de bicicleta do futuro. O equipamento foi coberto por uma cúpula acrílica que, além de proteger o condutor da chuva e do frio, é toda envolta por luzes LED que não deixam passar despercebido nenhum ciclista. Essas duas últimas invenções ainda são apenas conceito, mas mostram a preocupação das empresas em evitar os constantes acidentes fatais entre ciclistas e motoristas.