Caprilles de olho no Brasil

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Apesar da remota possibilidade de vitória na campanha contra Nicolás Maduro, o candidato de oposição Henrique Caprilles tem planos para criar novos laços com o Brasil.
Seu principal interlocutor no País é Fernando Henrique Cardoso, mas Caprilles quer visitar o Brasil para fazer amigos, conhecer problemas e discutir ideias. Caprilles admira Lula, mas admite que as contingências da política impedem qualquer aproximação com o ex-presidente.

Zebra baiana

Na disputa pela pré-candidatura petista ao governo da Bahia, ganha espaço o nome do ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano. Sem mandato e sem cargo no governo, Caetano aposta no desgaste entre José Gabrielli, nome de Lula e atual secretário estadual de Planejamento, e Rui Costa, o secretário da Casa Civil apoiado pelo governador Jaques Wagner.

Punição póstuma 

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O presidente da ComissãoEstadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, decidiu se engajar no apoio ao projeto do vereador Eliomar Coelho (PSOL-RJ) proibindo que a prefeitura do Rio tenha alguma repartição ou escola homenageando personalidades ligadas à ditadura militar. Na mira do vereador estão, entre outras, as escolas Costa e Silva, em Botafogo, Presidente Médici, em Bangu, e Castelo Branco, em Sulacap. 

Charge

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Turismo ameaçado

A gestão ACM Neto em Salvador começa a bater de frente com o setor empresarial na Bahia. O prefeito está tentando suspender, por decreto, uma lei aprovada na gestão passada que incentiva o turismo na região. A lei libera a construção de cinco hotéis de luxo na orla. Muitos empresários já desistiram de tocar novos negócios na região por causa da insegurança jurídica.

Carteado aéreo

Em  voos internacionais, Dilma Rousseff tem cultivado o hábito de jogar cartas com a ministra Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social. O carteado ajuda a passar o tempo e as duas ainda trocam algumas impressões sobre estratégias do governo.

Recado aos socialistas

A exoneração do presidente Alfredo Tranjan e de parte da diretoria da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) foi um recado de Dilma Rousseff ao PSB. Se Eduardo Campos continuar alimentando a candidatura ao Palácio do Planalto, a sigla vai perder antecipadamente todos os cargos no governo federal, inclusive o comando da Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), considerada a joia da coroa dos socialistas. “Eles não precisarão entregar os cargos; serão todos demitidos”, diz um assessor.

Itamaraty volta à diversidade zero


Encerrada a política de expansão das embaixadas brasileiras, as turmas de novos alunos do Instituto Rio Branco, destinado à formação de diplomatas, retornam a seu tamanho natural, com 30 alunos por ano em vez de 100, como vinha acontecendo. Um efeito colateral dessa mudança é a perda de diversidade dos futuros diplomatas. Na turma mais recente, não há um único aluno negro. O número de mulheres diminuiu e o único estudante que nasceu no Nordeste passou a vida escolar no Sudeste.

Toma lá dá cá

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Especialista em Recursos Humanos, Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, destacou-se na campanha pela aprovação da PEC do Trabalho Doméstico.

ISTOÉ – Como avaliar a PEC?
Avelino –
O Congresso jogou uma batata quente nas mãos da presidenta Dilma. Deixaram de incluir dispositivos importantes, como o que poderia garantir recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para qualificação profissional. Era importante o prazo de dois anos para prescrição de reclamações trabalhistas. Evitaria abusos.

ISTOÉ – O sr. vê motivação política na pressa para votar?
Avelino –
O governo pressionou o Congresso, queriam dar a boa notícia em março, mês da mulher. Eu avisei aos parlamentares, não usem essas mulheres como campanha política. Sem a regulamentação, criou-se um conflito de classes. Agora, deveriam ter a humildade de admitir que a lei está incompleta. 

ISTOÉ – E o que o empregador deve fazer agora?
Avelino –
Meu conselho é: empregador, não faça nada agora. Espere a regulamentação. Ninguém teve a intenção, mas houve falha. Só a partir do dia 15 de maio o Ministério do Trabalho vai publicar normas técnicas e teremos segurança jurídica. 

Rápidas

* As críticas de candidatas e candidatos ao posto de Procurador-Geral da República têm uma explicação comum. Como Dilma Rousseff terá a palavra final na escolha, ninguém quer parecer continuador de Roberto Gurgel.

* A notícia de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira vai escrever um livro de memórias surpreendeu até seu advogado, Nabor Bulhões. 

* Absolvido no julgamento do mensalão, o ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP) voltou à Câmara na semana passada, sondando terreno para a disputa de 2014.

Lucros crescentes


As viagens de estrangeiros ao País nunca renderam tanto ao Itamaraty. No ano passado, o Sistema Consular Integrado registrou arrecadação recorde com a concessão de vistos: R$ 49.491.490. Em 2010, os vistos renderam pouco mais de R$ 40 milhões.

Retrato falado

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A frase do líder governista na Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) mostra sua irritação com a resistência parlamentar ao projeto do governo que facilita a extradição de chineses residentes no Brasil. A intenção do planalto é ajudar o governo comunista de Pequim. Já os parlamentares que criticam a iniciativa levantam a necessidade de proteger dissidentes de um regime que persegue adversários e não respeita liberdades democráticas.

Força explícita

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Adversários do PMDB no Tribunal de Contas da União começaram a reclamar que o presidente da Corte, Augusto Nardes, não exibe a discrição necessária quando entra em pauta algum tema de interesse do vice-presidente da República, Michel Temer.

Possível acordo

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), foi chamado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para negociar um acordo sobre a unificação do ICMS. Sem acordo, a proposta não passa na Casa. A unificação pura e simples é rejeitada pelos Estados do Norte e Nordeste.

Correção
Nota da semana passada informou que o empresário paulista Luiz Augusto de Camargo Opice foi denunciado na Operação Porto Seguro, da PF. Opice nem sequer é citado no inquérito.

Fotos: Divulgação; Roberto Castro/Ag. ISTOÉ


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