02/04/2013 - 15:22
Em meio a críticas em relação à condução da política monetária, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez nesta terça-feira uma enfática defesa do processo de queda das taxas de juros. Na audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tombini afirmou que taxas de juros mais baixas na economia são um legado que fica para o País, independentemente do que ocorra com a política monetária. O presidente do BC chamou o patamar mais baixo de juros de "patrimônio" do Brasil. "Esse é um legado que fica", disse.
Tombini disse ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) aguardará as próximas informações econômicas para adotar o próximo passo em relação à condução da política monetária. "Vamos ver a inflação de março como vem, os núcleos, a disseminação." Apenas após informações mais recentes sobre a economia é que o BC definirá sua estratégia de política monetária.
Inflação
Ao ser questionado sobre declarações na presidente Dilma Rousseff na África do Sul em relação à crescimento e inflação, na semana passada, o presidente do BC disse que em nenhum momento ela sugeriu "qualquer tolerância" com a inflação no governo. "Na semana passada, tive a oportunidade de me pronunciar a respeito desse fato, a pedido da presidente da República (Dilma Rousseff)", disse. "Esclareci que qualquer implicação da fala da presidente sobre inflação que indicasse leniência era totalmente equivocada", continuou, referindo-se à entrevista concedida à Agência Estado na ocasião.
Tombini repetiu uma das frases da entrevista ao responder ao senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que o interpelou a respeito da afirmação da presidente de que quem fala sobre a inflação é o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Sobre inflação, fala a equipe econômica. Sobre juros, o BC", disse aos senadores. "Também naquele momento falei sobre inflação, sobre juro", pontuou, salientando que as declarações concedidas estão no Blog do Planalto.