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A Coreia do Norte prometeu nesta terça-feira reiniciar todas as suas atividades nucleares, incluindo o complexo de Yongbyon, fechado desde 2007 como parte de um acordo internacional para o desarmamento nuclear do país, segundo informações publicadas pela agência estatal KCNA e reportada pela AP. O material nuclear deverá ser usado para produção de energia e fins militares.

O anúncio segue uma série de pronunciamentos belicistas do regime de Pyongyang, incluindo ameaças de ataques nucleares contra alvos americanos e a vizinha Coreia do Sul. A nova declaração de intenções da Coreia do Norte ocorre depois que o chefe de Estado, Kim Jong-un, anunciou a "ampliação qualitativa e quantitativa" do desenvolvimento de armas nucleares como um dos dois pilares sobre os quais se assentarão as futuras políticas do regime, junto com o desenvolvimento econômico.

Yongbyon incluem um reator de 5 megawatts capaz de gerar, quando em total operação, uma bomba nuclear utilizando plutônio – combustível mais comum na fabricação de armas nucleares -, por ano.

Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear em fevereiro desde ano, o que levou a ONU a aplicar sanções contra o país, o que levou a ameaças contra o organismo internacional e seus principais aliados, como os Estados Unidos. Desde então, a Coreia do Norte declarou que a produção de material nuclear e o desenvolvimento econômico são as suas maiores prioridades.

O governo acrescentou o reator de 5 megawatts no complexo de Yongbyon em 1986, depois de sete anos de construção. São necessárias 8 mil barras de combustível para operar o reator. O reprocessamento desse combustível pode produzir cerca de 7 quilos de plutônio, o suficiente para criar pelo menos uma bomba nuclear, segundo especialistas.