01/04/2013 - 15:15
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou hoje (1º) o termo de cooperação do Plano Inova Energia, por meio do qual serão investidos R$ 3 bilhões no desenvolvimento da área energética no país.
Segundo Coutinho, o foco do plano é a empresa privada. “Esses recursos estão sendo oferecidos para que o setor privado assuma a liderança. No Brasil, em geral, o gasto em ciência, tecnologia e inovação está muito concentrado nas universidades, no setor público. Ele precisa, agora, da liderança das empresas”, declarou.
O plano abrange quatro linhas de inovação: redes inteligentes, que distribuem a energia de maneira mais eficiente; melhoria na transmissão de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar e termossolar; e desenvolvimento de dispositivos eficientes para veículos elétricos, que possam contribuir para a redução na emissão de poluentes nas cidades.
O lançamento do plano ocorreu pela manhã, durante um fórum promovido pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), e logo mais será apresentado em detalhes aos empresários. “Esperamos, hoje, em reunião com a equipe do BNDES, mobilizar as empresas aqui presentes no fórum”, disse Coutinho.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, disse que o plano de energia é parte do Programa Inova Empresa, cujo investimento de R$ 32,5 bilhões é focado em campos estratégicos. “O governo conduz esse programa com mais 11 ministérios. São recursos substanciais que estão sendo disponibilizados”, disse.
O presidente do BNDES espera que, em um prazo de dois anos, os investimentos do Plano Inova Energia comecem a dar resultados. Segundo ele, em 2013, haverá crescimento do investimento em projetos semelhantes. “No ano passado, foram gastos R$ 2,6 bilhões em projetos de inovação. Este ano, esperamos chegar a pelo menos R$ 3,5 bilhões em várias áreas”, estimou.
Coutinho disse ainda que estão previstos outros planos que estimulam inovação nas áreas da saúde, como de vacinas e fármacos; aeroespacial e defesa; tecnologia da informação e comunicações; e agronegócio.