Os planos de Albert do cimento
O grupo francês Lafarge, quarto maior produtor de cimento no Brasil, vai investir pesadamente no País na próxima década. Somente até 2001 serão R$ 400 milhões. Uma parte – R$ 150 milhões – foi para a construção da mais moderna fábrica do grupo, no município mineiro de Arcos, com capacidade de produção de 750 mil toneladas de cimento por ano, que será inaugurada na sexta-feira 12. O presidente da Lafarge Brasil, Albert Corcos (abaixo), não acredita no pior dos mundos em 1999. Mas, por garantia, finaliza as negociações para instalar outra fábrica: de placas de gesso, ideais para os tempos de crise, já que reduzem em 15% o custo de produção de uma obra. "A indústria nacional de cimento é dominada por grupos familiares. Mas o processo sucessório em breve vai chegar", explica Corcos. Enquanto a profissionalização não chega, a Lafarge se prepara. A subsidiária brasileira responde por 5% dos US$ 10 bilhões que o grupo fatura no mundo.
Liana Melo

 

Para inglês ver
Os investimentos em óleo e gás no Reino Unido renderam ao empresário Emílio Odebrecht (no alto, à esq.) o título de Personalidade do Ano, concedido pela Câmara de Comércio Brasil-Grã-Bretanha e a embaixada brasileira. Pudera, seus negócios lá geram 1,2 mil empregos. Do lado inglês, a homenagem foi para o presidente do Grupo HSBC, John Bond.

 

Empate técnico
Ficou empatada a briga entre a Procter & Gamble e a Gessy Lever no Conar. A Gessy continuará a usar o slogan "Melhor do que Omo somente Omo", considerada desmerecedora pela Procter. Mas a expressão "a melhor performance" terá de ser modificada, pois o Conar considerou que a Gessy teria de provar isso.

 

Atrás do trio
Nem só da "guerra das cervejas" viverá o Carnaval da Bahia. A Elida Gibbs comprou cotas de patrocínio de importantes blocos, como Nana Banana e Camaleão, para exibir a marca de cremes dentais Close Up pelas ruas de Salvador. O canal de informação na Internet StarMedia vai bancar o bloco do É o Tchan.

 

Mais nacional
Somente em 2000 a Peugeot Citroën inaugura a fábrica em Porto Real, no Rio, mas seu presidente mundial, Jean-Martin Folz, já pede compensações para quem não pegar a redução do IPI e do ICMS em 1999. Ele entende que pode ocorrer uma demanda antecipada por carros e o grupo perderia parte de seu futuro mercado:

ISTOÉ – Como o grupo reagiu à desvalorização?
Jean-Martin Folz – Vamos acelerar a nacionalização e passar de 50% para 75% o mais rápido possível.

ISTOÉ – A fábrica montará só o Peugeot 206 e o Xsara Picasso?
Folz – Pensamos também em produzir o Xsara GLX, montado hoje no Uruguai.

ISTOÉ – Haverá versões a álcool?
Folz – Não há projetos. Será preciso ver como estará o mercado em 2000.

 

  B Ô N U S

 

EM ALTA O Gallup fechou três contratos de pesquisa em janeiro. O mês é fraco e seria pior se os clientes apostassem na sinistrose.

 

EM BAIXA A butique da Montblanc em São Paulo perdeu para Nova York o título de loja do grupo que gera mais negócios.