Na maioria das vezes a culpa não é dos obstetras, mas do sucateado sistema de saúde do País que os obriga a improvisar. Isso faz com que o atendimento seja pouco acolhedor. Trocando em números: uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência no parto por cesariana, sobretudo naqueles que são feitos em procedimentos de urgência. Exemplos: impedir que a gestante seja acompanhada de alguém de sua confiança e submetê-la a procedimentos dolorosos e exames por mais de um médico – muitos profissionais jovens, sobretudo em postos de regiões carentes, ficam inseguros nos exames e recorrem aos colegas para confirmação de diagnóstico. Em 27% dos casos a violência ocorre em hospitais da rede pública.