A turma demorou tanto para sair do armário que, quando tomou a decisão, invadiu o cinema trazendo temas mais bobinhos que seriado familiar americano. Com raríssimas exceções, os filmes ditos gays são de baixa qualidade, mal-interpretados, contam histórias que mal interessam à comunidade e acabam só contribuindo para o preconceito se exacerbar, já que poucos são os personagens com massa encefálica. Este tal beijo de Billy não foge à regra. Vendido como uma comédia romântica, a história não passa de uma chanchada modernosa. Billy (Sean P. Hayes), homossexual assumido, faz trabalhos com Polaroid e acaba apaixonando-se pelo seu modelo Gabriel (Brad Rowe), um suposto heterossexual. Da paixão idealizada vem o jogo de sedução e o sonho cor-de-rosa de Billy estar vivendo num filme dos anos 50. Mil vezes Priscilla e suas rainhas subsequentes. Ah, a trilha sonora é ótima, mas para isso basta ir a uma loja de discos que o lucro é maior. (A.R.)
FUJA