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Desde que o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, na semana passada, o parlamentar teve apoio incondicional do partido para permanecer à frente do colegiado. Nesta quarta-feira, no entanto, o discurso do líder da legenda, André Moura (SE), mudou e o parlamentar já admite que Feliciano pode renunciar ao cargo na comissão. Apesar disso, o pastor nega que vá renunciar.

O líder do PSC disse que Feliciano foi orientado a “reavaliar” as manifestações favoráveis e, principalmente, as contrárias à sua permanência à frente da CDH. “Nunca sugeri que ele renunciasse. Como presidente eleito da comissão, a única saída regimental é a renúncia. Mas pedi que ele ponderasse no sentido de contribuir com o andamento dos trabalhos da Casa. É inegável que todas as manifestações atrapalham”, disse.

Moura reconheceu que o andamento dos trabalhos da CDH está prejudicado desde a eleição de Feliciano. Na primeira reunião do colegiado, na semana passada, manifestantes pró direitos humanos lotaram o plenário, tumultuaram a votação e entraram em conflito com o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por suas opiniões polêmicas em relação a homossexualidade. A sessão de hoje foi encerrada mais cedo também porque os manifestantes lotaram a sala.

Protestos suspendem reunião

Um grupo de manifestantes protestou e impediu, na tarde desta quarta-feira, a realização da reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. O encontro teve início às 14h31, mas acabou finalizado às 15h09, pois os expositores não conseguiram falar. Com gritos e palavras de ordem, os manifestantes se voltaram principalmente contra o presidente da comissão, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), devido às suas manifestações de cunho racista, homofóbico e discriminatório contra as mulheres.

Antes da reunião, houve discussão e empurra-empurra entre os manifestantes e a segurança da Cãmara. O encontro ocorreria pouco depois de ter sido lançada, na manhã de hoje, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, com o objetivo de assegurar espaço político para a discussão de temas ligados à diversidade e às minorias, pautados pelos movimentos sociais.

Para os parlamentares que integram a iniciativa, com a nomeação do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, o debate ficou inviabilizado na comissão oficial da Câmara dos Deputados.