Steinbruch pede socorro
Disposta a remover pedras no caminho do PAC, a Casa Civil mantém de prontidão um grupo de técnicos da AGU, da Fazenda e do Ibama. Sua missão é eliminar impasses judiciais, fiscais e ambientais que criem dificuldades para os projetos. Na semana passada, o grupo foi acionado a pedido de Benjamin Steinbruch, dono da CSN, que quer investir na ferrovia Transnordestina, com financiamento do BNDES. Ele não conseguiu tirar uma certidão negativa de débito, por causa de pequena dívida. O que impedia seu acesso a fontes oficiais de crédito. A força-tarefa já está em campo para facilitar a vida de Steinbruch.

Desfeita à Índia
Em visita ao Brasil, a presidente da Índia, Pratibha Patil, foi homenageada em sessões separadas no Senado e na Câmara. Ambas desertas. A idéia era realizar sessão conjunta, para aumentar o quórum. Mas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, foi contra e, pela desfeita, entrou na lista negra da diplomacia.

O FMI social
O ministro Guido Mantega voltou dos EUA impressionado com as mudanças no FMI, presidido pelo socialista Strauss-Kahn. O Brasil passou a ser tratado como estrela de primeira grandeza. E os temas do Fundo agora são o combate à fome, o clima e o desenvolvimento. Por último, vêm as finanças públicas.

Beija-mão
O ministro das Minas e Energia, Édison Lobão, nunca recebeu tanta visita de colegas parlamentares. O motivo: ele anunciou que a Eletrobrás pagará os dividendos atrasados de R$ 7 bilhões este ano. A medida credencia a empresa a participar da Bolsa de Nova York, o que deve valorizar suas ações.

Sorte de Kassab
Tudo indicava que o PMDB iria apoiar a candidatura de Marta Suplicy. Havia também um namorico com Alckmin. Mas, na semana passada, o favorito do PMDB paulista era o prefeito Gilberto Kassab.

Pernas para o ar
O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, voltou a bater na tecla da redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas. A seu ver, o crescimento da economia já permite esse avanço. Pochmann foi bem mais radical em passado recente: defendia apenas três dias de trabalho semanal.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Agressão em São Luís
Quando ia almoçar na terça-feira 8, Lourival Bogéa, diretor do Jornal Pequeno, de São Luís do Maranhão, foi agredido pelo ex-senador Chiquinho Scórcio, do caso de arapongagem contra adversários do senador Renan Calheiros. Lourival deu queixa na polícia, que chamou Scórcio para depor. Ele desacatou o delegado e foi conduzido à força. O grupo Sarney, a quem Chiquinho é ligado, tentou transformar o agressor em vítima. Chiquinho é acusado de “produzir” provas no processo movido para cassar o mandato do governador Jackson Lago, por suposto crime eleitoral.

Disputa apimentada
O PT vai realizar prévia para escolher seu candidato à Prefeitura de Salvador. O deputado federal Nelson Pelegrino seria a indicação natural, mas concorrem com ele o ex-deputado Walter Pinheiro e o secretário de Promoção da Igualdade Racial, Luiz Alberto.

Mar de papel
Já chegaram mais de 500 caixas de documentos à CPI dos Cartões Corporativos. A previsão é que sejam mais de mil caixas, mas o governo não quis enviar os dados em meio magnético. Marisa Serrano, presidente da CPI, não desanima. Vai mergulhar na papelada e ver o que ela contém.

Fogo amigo
O Banco do Brasil está na mira do deputado Chico Leite (PT-DF). Ele entrou na Justiça porque o banco não prorrogou a validade do concurso que fez em 2006, desprezando o cadastro-reserva com 1,8 mil classificados. O Ministério Público do Trabalho vai investigar.

Trem-bala na agulha
Até o fim do ano, será realizada a licitação que escolherá a empresa que vai construir o trem de alta velocidade que cobrirá o trecho Campinas (Viracopos)/São Paulo/Rio de Janeiro. A italiana Impregilo, que havia tornado público um projeto audacioso, mas de preço abusivo, ficará de fora. Mas não faltam interessados. Além de japoneses e coreanos, a americana GE entrou no páreo. Será exigida a transferência de tecnologia.

Briga de foice
Esquentou o debate em torno da reforma do Sistema S. Os dirigentes da CNI não se conformam com o projeto de lei do governo. Preferem fazer um ajuste regimental. O ministro Fernando Haddad, por outro lado, quer porque quer uma lei. A CNI argumenta que o sistema, no ano passado, formou em cursos gratuitos 60 mil técnicos. O MEC afirma que os R$ 8 bilhões arrecadados dariam para formar, pelo menos, 1,5 milhão de alunos da rede pública.

RETRATO FALADO

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) diz que a discussão em torno dos royalties do petróleo mudou de patamar após a descoberta do campo de Tupi. Agora, não há mais justificativa para que um município tenha direito a receber royalties só por estar no litoral. Ele diz que há discriminação entre os próprios municípios do Rio. Suas declarações provocaram forte reação do governador Sérgio Cabral.

RÁPIDAS

• O namoro continua: o governador Aécio Neves convidou o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, para participar da festa de 21 de abril em Ouro Preto. Temer será condecorado com a Medalha Inconfidência Mineira.

• Por falar em Aécio, ele diz que jamais cogitou de lançar o nome de sua irmã Andréa para a Prefeitura de Belo Horizonte. E lembra que tal candidatura é vedada pelo Artigo 14, parágrafo 7º, da Constituição Federal.


• Reeleito, o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, deverá visitar o Brasil ainda este ano. Zapatero vai retribuir duas visitas que o presidente Lula fez à Espanha em seu primeiro governo.

• A Caixa está zangada com Roger Agnelli, da Vale. Ele sugeriu que o MST esquecesse a Vale e batesse na porta do banco. Dito e feito: na semana passada, militantes do MST invadiram a sede da Caixa em Brasília.

TOMA-LÁ-DÁ-CÁ COM CEZAR BRTTO, prsidente nacional da OAB

ISTOÉ – Como vê o novo veto do STJ à lista da OAB?
Britto –
A competência para fazer a lista é da OAB e dela não abrimos mão. Cabe ao tribunal escolher dentre os indicados pela Ordem.

ISTOÉ – O STJ diz que a OAB indicou nomes sem qualificação.
Britto –
A OAB não fez lista para agradar aos magistrados. O Judiciário é maior que os magistrados.

ISTOÉ – O impasse pode durar muito tempo?
Britto –
Espero que não. Enquanto não é elaborada a lista da OAB, os nomes do MPF e da Magistratura não podem ser escolhidos.

 

 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias