É demagógica e jogo para a plateia a proposta do G-20 de proibir a entrada de corruptos ativos e passivos de qualquer origem em território dos países-membros. O governo brasileiro, à luz de tratados internacionais e da própria Constituição do País, acertadamente resiste a esse projeto. Um: qual parâmetro cada país usará para dizer quem é corrupto no país do outro? Dois: se cada país é que vai apontar os seus próprios corruptos, então por que não os prende já que sabe quem são ao invés de somente proibi-los de visitar nações do G-20? Vale lembrar a feliz frase de Rodrigo Vitória, coordenador da Unidade de Governança e Justiça da ONU: “Muito mais eficaz do que barrar a entrada de corruptos nos países é a punição efetiva do corrupto e do corruptor”.