Salvem as borboletas

Não são apenas os grandes bichos que se encontram em perigo de extinção. Os insetos, que representam metade das espécies de animais existentes, também estão ameaçados e uma das principais vítimas é a borboleta. Estudo realizado na Inglaterra constatou
que 70% das espécies de borboleta sofreram algum tipo de declínio nos últimos 20 anos. Os cientistas dividiram
a área do país em quadrados de dez quilômetros e observaram que
um terço das borboletas desapareceu de pelo menos um desses
espaços. Houve também uma redução de 28% nas espécies de plantas
e de 54% nas de pássaros.

Problema federal

O governo federal anunciou na semana passada um megaplano de combate ao desmatamento da Amazônia. O projeto, orçado em
R$ 394 milhões, envolverá 12 órgãos federais. O Ministério da Defesa cederá helicópteros para sobrevoar a floresta e o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) fornecerá imagens de satélite em tempo real para localizar os focos de destruição. O governo estima que o desmatamento já atingiu 15,7% da floresta, o equivalente a 631 mil quilômetros quadrados, uma área maior que a França. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é a primeira vez que a questão é trazida para dentro do governo.

Jaca cicatrizante

Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto descobriram na jaca um ótimo remédio para tratar queimaduras. Trata-se de uma proteína chamada lectina KM+, encontrada no caroço da fruta, capaz de estimular a proliferação celular e a produção de colágeno, ambos fundamentais para a cicatrização da pele. Uma pomada para uso clínico deve estar disponível no mercado em cinco anos.

Cebola sem lágrimas

Comer cebola crua é tarefa ingrata. Além das lágrimas nos olhos na hora de cortá-la, ela
ainda provoca mau hálito. Em compensação, é um ótimo auxiliar no combate à doenças cardiovasculares. Pensando no benefício à saúde, pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma cebola doce, que pode ser comida crua, como uma fruta. Ela não faz os olhos arderem quando descascada nem provoca o famoso “bafo de cebola”. O primeiro plantio experimental deve ser realizado até o final do ano.

Sucessão de erros

O relatório final sobre o acidente com o Veículo Lançador de Satélite (VLS) na base de Alcântara, em 22 de agosto de 2003, foi divulgado em Brasília, confirmando versões e relatórios extra-oficiais. A tragédia que matou 21 técnicos foi resultado de uma sucessão de erros, entre eles a falta de manutenção, de infra-estrutura e de gerenciamento de operação. Durante a instalação dos dispositivos responsáveis pelo acionamento dos motores do foguete, por exemplo, outras equipes também trabalhavam no local, procedimento proibido pelas normas de segurança. O ministro da Defesa, José Viegas Filho, anunciou um investimento de US$ 100 milhões para o primeiro ano da implantação das mudanças no programas espacial brasileiro. O objetivo é realizar um novo lançamento de satélite daqui a dois anos.