Já foi dito aqui que em ISTOÉ não fazemos jornalismo para ganhar prêmios, mas ganhá-los é muito bom. Prêmios importantes como o Ayrton Senna, o Simon Bolivar, o Icatu, entre outros, estão sobriamente pendurados nas paredes das casas dos repórteres de ISTOÉ. Desde a reportagem com Eriberto França, o motorista da secretária de Collor, dos jornalistas Mino Pedrosa, Augusto Fonseca e João Santana Filho, Prêmio Esso de 1992, a revista vem sendo indicada para uma agradável quantidade de reconhecimentos. Ganhamos mais um Esso em 96 com a revelação da fita do Sivam, de Luciano Suassuna, e mais dois de uma só vez em 98: Daniel Stycer e Eduardo Marini com a reportagem “Reaprendendo a viver” e Ronaldo Braziliense com “A conta do Proer”. Das revistas, ISTOÉ é a que tem mais indicações para o Esso: somente de 94 até agora foram 12 indicações. A revista Veja teve dez. E Época uma, no seu segundo ano de participação.

Neste ano ganhamos mais um Esso. E este para nós inédito: o de Criação Gráfica. João Carlos Alvarenga Freire, o editor de arte da revista, ganhou com o excelente desenho de página: “Um cadáver político.” Juntamente com ele, tivemos outras duas indicações com Mário Simas Filho e Daniel Stycer. O jornal Folha de S.Paulo ganhou o Esso de Jornalismo com o “Caso PC: uma investigação sobre as mortes de Paulo César Farias e Suzana Marcolino”. Em sua fala de agradecimento, o repórter Mário Magalhães citou Mário Simas Filho e Mino Pedrosa, reconhecendo as investigações sistemáticas de ISTOÉ que contribuíram para desmontar a farsa da tese de crime passional.

Por falar em reconhecimento, reproduzimos ao lado um caso exemplar de jornalismo não-predador demonstrado esta semana pelo jornal O Globo. ISTOÉ foi quem primeiro levantou as denúncias do envolvimento do ministro da Defesa, Élcio Álvares, e de sua assessora Solange Antunes Resende com o crime organizado do Espírito Santo. E isto para nós não é uma honra. É um fato. E como tal tem de ser registrado. Como fez, com profissionalismo, honestidade e elegância, o jornal O Globo.