08509976.jpg

Um torcedor do Corinthians menor de idade confessou ter disparado o sinalizador que matou um jovem boliviano de 14 anos em um partida da Copa Libertadores na quarta-feira da semana passada e disse que se entregará à polícia, em uma entrevista na noite de domingo à TV Globo.

O jovem, que disse estar arrependido e foi identificado apenas pelas iniciais H.A.M, afirmou que foi ele, e não os 12 torcedores corinthianos detidos na Bolívia, que disparou o sinalizador, segundo a entrevista ao programa Fantástico.

O advogado Ricardo Cabral, que representa a maior torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, já havia informado que o jovem de 17 anos se entregaria nesta segunda-feira à vara de infância e juventude de Guarulhos.

Doze torcedores do Corinthians estão presos na Bolívia acusados de lançar o sinalizador que provocou a morte do jovem boliviano Kevin Espada, de 14 anos, na quarta-feira na partida em que o Timão empatou em 1-1 com o San José de Oruro.

"Estávamos comemorando o gol. Trouxe o sinalizador na minha mochila e fui acender. Tirei a tampinha e puxei a cordinha, não aconteceu nada, não sabia muito bem como manusear. Puxei pela segunda vez e disparou, foi para a torcida boliviana", explicou o jovem, que deu a entrevista ao lado da mãe.

O adolescente afirmou que não sabia que o artefato sairia voando e que não apontou para a torcida boliviana.

Ele disse que só ficou sabendo da morte do adolescente boliviano quando estava no ônibus e ficou com medo de agir quando a polícia prendeu os outros torcedores.

Na entrevista, ele pediu perdão à família de Kevin Espada e aos torcedores detidos na Bolívia, que foram acusados pelas autoridades bolivianas e respondem ao processo no país. Ao ser questionado pelo jornalista, negou estar acobertando os colegas.

O advogado dos corinthianos afirmou que o disparo foi acidental e que um segundo vídeo divulgado pela imprensa boliviana "não deixa dúvidas de quem disparou o sinalizador.

A Conmebol puniu o Corinthians a jogar suas partidas da Copa Libertadores sem a presença da torcida.