Já está pronto um esquema de emergência que vai ligá-lo do Forte de Copacabana, no Rio, ao Centro de Coordenação Geral (CCG), montado no Ministério da Defesa em Brasília para enfrentar o bug. Está prevista não apenas sua segurança tradicional mas também sua possível retirada, de helicóptero, sob quaisquer condições de iluminação e tempo, para uma base aérea. FHC contará com os habituais dez guarda-costas, que o acompanharão durante a ceia de Ano-Novo nos salões montados sobre os canhões do forte. Se nada de excepcional ocorrer na virada do milênio, depois da festa o presidente, dona Ruth e a família seguirão para o aeroporto de Jacarepaguá, e dali para a residência da Gávea Pequena, no alto da Serra da Carioca, de carro.

O esquema muda em caso de problemas, como um blecaute no Rio ou uma falha nas comunicações. Ao lado do presidente, um dos oficiais da Casa Militar carregará um rádio portátil UHF de campanha, sintonizado com o CCG. Lá, seu interlocutor, caso seja necessário, será o coronel do Exército Aurélio Ramos, coordenador do plano de contingência. O coronel estará à frente de 48 pessoas – 18 militares das três Forças e 30 civis de vários órgãos do governo. O CCG vai coordenar o trabalho de 200 outras salas de operação espalhadas pelo País. “Quanto menos trabalho tivermos, menor terá sido a escala de estragos causados pelo bug”, disse o coronel.

Todo o plano de contingência foi desenhado pelo engenheiro Pedro Paulo Machado, funcionário público há 36 anos. “O segredo do projeto”, conta, “é a junção do planejamento militar com a administração civil”. Outro membro da chefia do centro, o major da Aeronáutica Jacques Amaral, explica que se houver falha de energia ou comunicações, 220 postos de apoio logístico das Forças Armadas, espalhados pelo País, formarão uma rede independente à base de rádios e geradores.


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