21/02/2013 - 10:57
Um carro-bomba atingiu a região central de Damasco nesta quinta-feira, matando ao menos 35 pessoas e destruindo carros em uma rua movimentada perto de escritórios do partido governista Baath e da embaixada da Rússia, informaram fontes oficiais. Além disso, 237 pessoas teriam ficado feridas.
Muitos dos feridos estão em estado grave, disseram as fontes após a explosão realizada por um terrorista suicida na praça Shahbandar, perto de uma sede do partido governamental Baath, no bairro de Al Mazra.
Imagens de televisão mostraram pelo menos quatro corpos espalhados pela rua após a explosão, que a mídia estatal descreveu como um atentado suicida cometido por "terroristas" que combatem o presidente Bashar al-Assad.
A região central Damasco tem ficado relativamente distante do conflito de quase dois anos que já matou cerca de 70 mil pessoas em todo o país, de acordo com a ONU.
Mas os rebeldes que controlam bairros ao sul e leste da capital passaram a atacar o centro do poder de Assad há quase um mês, e têm realizado alguns bombardeios devastadores. O grupo rebelde Al Jabhat Nusra, ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade por vários desses ataques.
A explosão desta quinta-feira, que segundo ativistas foi seguida por pelo menos três outras explosões em diferentes lugares de Damasco, resultou numa espessa nuvem de fumaça negra no céu sobre o distrito de Mazraa.
A agência de notícias russa Itar-Tass citou um diplomata dizendo que a explosão estourou janelas da embaixada russa, que está de frente para a rua onde houve a explosão, mas ninguém ficou ferido. "O prédio foi realmente danificado… As janelas estão destruídas", disse o diplomata.
Anteriormente, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo britânico que monitora a violência na Síria, disse que o carro-bomba explodiu perto de um edifício do partido Baath, cerca de 200 m ao sul da embaixada russa, e que a explosão causou ao menos 31 mortes.
A agência de notícias oficial síria Sana disse que entre os mortos estão crianças de uma escola de Mazraa, que foi descrito como um bairro residencial da capital.