Aliás, isso nem é um “furo” da revista. Em 23 de outubro, a Folha de S.Paulo publicou nota intitulada “O poderoso chefão”, segundo a qual, irritado com o atraso de Imbassahy para o embarque num hangar do aeroporto de Brasília, ACM recebeu o prefeito “aos berros, dedo em riste: – Eu marquei às 16h15, você não se atrase! Não se atrase!” O jornalista Kennedy Alencar, editor do Painel da Folha, afirma que a nota jamais foi contestada.

A coluna Fax Brasília, de ISTOÉ, nunca afirmou que o desentendimento do senador com o prefeito ocorreu no dia 8 de outubro. Citou apenas o aniversário da filha de ACM, Tereza. Uma discreta recepção familiar em setembro, na casa do genro de ACM, César Mata Pires, marcou a passagem do aniversário de Tereza. A discrição nesses eventos tem sido exigida por ACM desde a morte do filho. Daí ele ter estranhado a presença de Imbassahy, que não é íntimo da família. O prefeito, por sua vez, contou a amigos que ultimamente o cacique baiano não lhe tem poupado salamaleques. Talvez para desfazer a má impressão pela forma como vinha tratando o apadrinhado.