O sinistro endereço foi palco de uma das mais pavorosas tragédias que São Paulo já testemunhou. Em 1º de fevereiro de 1974, os 25 andares do edifício Joelma tornaram-se miniaturas do inferno. Descobriu-se depois que uma sobrecarga elétrica gerou um curto-circuito no sistema de ar-condicionado, dando início ao fogo. O pânico tomou conta dos funcionários do Banco Crefisul, que ocupava a maior parte do prédio. O resultado foi assombroso: 188 mortos e 345 feridos.
As pessoas tentaram refugiar-se no telhado do prédio, onde a temperatura chegou a 100 graus. “A sola do
meu sapato derretia. Quando levantava a cabeça via horrores. Vi uma menina de 15 anos pular usando um guarda-chuva como pára-quedas”, contou o administrador Mauro Cordeiro. No fim do dia, 18 pessoas haviam se atirado do prédio. A tragédia voltou a suscitar o debate sobre a segurança de edifícios que viera à tona dois anos antes com o incêndio do Andraus. O Joelma, entre outras coisas, não tinha escadas de emergência.