À exceção de Maria Esther Bueno, uma das melhores tenistas que o mundo já viu jogar, nunca tivemos tradição na modalidade. Gustavo Kuerten, o Guga, 23 anos, parece ter vindo para mudar isso. Com seu ar de moleque surfista, brincalhão e simpático, o brasileiro conquistou muitos pontos dentro da quadra. E fora dela também, chegando a ser um dos jogadores prediletos do público no mundo todo. Sua vitória em Roland Garros, na França, em 1997, o lançou ao oitavo posto no ranking mundial (um feito inédito para o tênis nacional) e fez o Brasil viver a “Gugamania”, que levou a molecada a se entusiasmar com a bolinha amarela e trocar os campinhos de futebol pelas quadras. Depois da conquista, amargou 14 meses de derrotas, perdeu de adversários fracos e foi criticado pela imprensa. Voltou por cima. Em 1999, ganhou os títulos do aberto de Roma e do torneio de Montecarlo. Participou da Copa do Mundo, disputa que reúne os oito melhores tenistas do circuito, na Alemanha, e terminou o ano em quinto lugar no ranking, depois de ter chegado ao terceiro posto.