Umadas maiores tenistas que o mundo já viu jogar em todos os tempos. Elegante, harmônica nos movimentos. Precisa nos golpes. Jogo rápido, forte, de saque e voleio. Criativo. Um balé. Clássico e bonito. O estilo de Maria Esther Bueno, 60 anos, era assim. Inato. Oito títulos de campeã em Wimbledon, na Inglaterra (três de simples, cinco em duplas), outros oito no US Open, nos Estados Unidos (quatro de simples, quatro em duplas), três em Roland Garros, na França (em duplas mistas), etc. Foram 589 títulos no total (20 de Grand Slam, a série de torneios mais importantes do circuito mundial), ganhos em praticamente dez anos de carreira. "Curta", como já disse ela. Em Wimbledon, Maria Esther viveu suas maiores glórias. Venceu lá pela primeira vez aos 18 anos, em 1958, formando dupla com a americana Althea Gibson. No ano seguinte, foi campeã de simples, condição que alcançou também em 1960 e 1964. Suas diversas vitórias – se houvesse um ranking para classificar tenistas como hoje – lhe renderiam uma posição entre as cinco melhores do mundo durante toda a carreira. Naquela época, o tênis era amador. Em 1967, lesionou seriamente os ligamentos do braço direito e teve de parar de jogar após sofrer várias cirurgias. Ainda voltou ao torneio, pela última vez, em 1974, chegando às quartas-de-final. Despediu-se oficialmente do esporte em 1977.


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