A foto nos jornais do dia seguinte mostrava o guerrilheiro no banco de trás de um Fusca, com os olhos ainda abertos e a camisa ensanguentada. Depois de comandar assaltos espetaculares, ele havia se transformado no inimigo número 1 do regime militar. A morte do ex-deputado comunista marcou o início do declínio das organizações clandestinas revolucionárias, que tiveram vida curta, destruídas pela repressão e pela tortura. Pegar em armas foi o caminho encontrado, principalmente, por estudantes para realizar o sonho de fazer do Brasil um país socialista. Entre as ações bem-sucedidas da guerrilha urbana está o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, que libertou 15 presos políticos em troca do ilustre refém. Outro guerrilheiro caçado até a morte foi Carlos Lamarca. Virou questão de honra a captura do capitão do Exército que desertou para liderar ações da VPR. Embrenhou-se no sertão da Bahia, de onde saiu morto depois de resistir à perseguição até o último segundo.