O presidente João Batista Figueiredo disse em entrevista, em junho de 1979, que gostaria de promover a anistia "ampla, geral e irrestrita". Mas completou: "Não será possível porque o terrorismo não pode ser anistiado." Ulysses Guimarães, presidente do MDB, bem que tentou aprovar um substitutivo no Congresso que previa a ampliação da lei, mas não conseguiu. Mesmo assim, a anistia parcial sancionada pelo presidente em agosto de 1979 permitiu a volta ao Brasil de alguns dos mais importantes nomes da oposição à ditadura, entre eles Leonel Brizola, Miguel Arraes e Luiz Carlos Prestes. Cada exilado que botava os pés no Brasil novamente era recebido por uma multidão eufórica. Era a festa da vitória da sociedade civil organizada, que, nos meses que antecederam à aprovação da lei, saiu às ruas em passeatas e mais passeatas exigindo a anistia. A lei, que também beneficiou os responsáveis pela tortura, fazia parte do processo de abertura política iniciado no governo Ernesto Geisel (1974-1978). O último exilado a receber carta branca para retornar ao Brasil foi Theodomiro Romeiro dos Santos, da organização clandestina PCBR, que matou um militar da Aeronáutica quando resistia à prisão em 1970. Theodomiro voltou junto com a democracia, em 1985.