Pesquisa realizada em agosto deste ano pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) mostrou que 27% dos passageiros de automóveis em bancos traseiros não usam o cinto de segurança em rodovias da malha paulista concedida. O equipamento é de uso obrigatório e a falta do cinto é uma das principais causas de mortes e ferimentos graves em acidentes, segundo o Ministério da Infraestrutura.

Nos bancos dianteiros, a pesquisa mostrou que 94% dos motoristas e 91% dos passageiros usam o cinto.

De acordo com a Artesp, depois de cinco anos de intensas campanhas e ações educativas, o porcentual de uso do cinto aumentou. Em 2014, segundo levantamento feito à época, apenas 46% das pessoas usavam o cinto no banco de trás. Na frente, o uso foi constatado em 89% dos motoristas e 84% dos passageiros.

A pesquisa deste ano foi feita com 91.260 veículos de passeio e caminhões em todas as regiões do Estado.

As regiões onde o uso do cinto em banco traseiro é mais baixo são: Marília (68%), Franca (52%) e central do Estado (63%). Nas proximidades da capital, 71% usavam o cinto. As regiões de Barretos (87%), Itapeva (83%) e São José dos Campos (80%) têm os melhores índices de uso.

Foi constatada a falta de uso de cinto até em rodovias onde a velocidade autorizada pode chegar a 120 km/h. “As pessoas, no banco de trás, têm uma falsa sensação de segurança de que o banco da frente protege o passageiro em caso de impacto. Também têm a percepção errada de que no banco traseiro não serão multadas pela dificuldade de fiscalização, por isso se arriscam”, disse Viviane Riveli, coordenadora de Segurança Viária da Artesp.

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Entre as ações educativas, a agência chegou a realizar uma campanha publicitária pautada pelas desculpas dadas pelas pessoas para não utilizar o cinto, como “a gente só vai até a cidade aqui do lado” e “qualquer coisa o banco da frente protege”.

Nas peças publicitárias, o passageiro do banco traseiro sem cinto é arremessado sobre os ocupantes do banco à frente e todos se machucam.

Pesquisa realizada em 2018 pelo atual Ministério da Infraestrutura mostrou que o fator humano, como a falta de respeito a normas como a do uso do cinto, foi responsável por 53,7% dos acidentes graves – com mortes e feridos – registrados em rodovias federais do País.

A falta do uso do cinto está entre as principais causas de mortes, segundo o estudo.

O Código de Trânsito considera a falta do cinto infração grave, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 195,23.


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