Se o documentário já representa uma linguagem fascinante em tempos normais, torna-se um formato ainda mais interessante no ano em que a realidade superou a ficção. Evento mais importante do setor na América Latina, o festival “É Tudo Verdade” anuncia a programação da sua 26ª. edição, que acontecerá mais uma vez de forma virtual de 8 a 18 de abril. São 69 produções de 23 países, com a abertura marcada pela exibição de “Fuga”, de Jonas Poher Rasmussen, eleito melhor documentário do Festival de Sundance 2021. A animação conta a história de um refugiado afegão a partir da visão de seu melhor amigo, o próprio diretor. O encerramento do festival será com “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi. Entre as exibições dos filmes que participam da competição oficial, há homenagens ao cineasta Ruy Guerra, que também lecionará em uma das diversas masterclasses oferecidas pelo festival, e ao francês Chris Marker, cuja retrospectiva celebra o ano de seu centenário. “O documentário não foi freado nem mesmo pela pior pandemia do último século”, afirma Amir Labaki, diretor do festival. “Alguns olhares inesquecíveis sobre esse período já marcam a seleção desse ano. É também extraordinário o vigor da produção brasileira numa conjuntura tão adversa”. Entre os destaques nacionais estão “Alvorada”, de Anna Muylaert e Lô Politi, “Os Arrependidos”, de Armando Antenore e Ricardo Calil, e “Edna”, de Eryk Rocha. O cantor e compositor Caetano Veloso será lembrado no ciclo “Caetano.Doc”. A programação completa está em www.etudoverdade.com.br