18/01/2013 - 21:00
Conheça em vídeo algumas inovações:
TAPETE VOADOR
A cama flutuante da Universal Architecture encanta
e dói no bolso: custa US$ 1,9 milhão
No que depender da tecnologia e dos designers, o quarto do futuro será palco de noites muito mais revigorantes e divertidas. Não basta mais apenas ser boa para dormir. As camas que estão sendo lançadas no Exterior têm home theater, recursos multimídia para ver vídeos e jogar games, conexão com internet, emissão de luzes coloridas, controle de temperatura e tecnologias antirronco. Quando não conta com nada disso, a cama do futuro flutua no ar.
Protótipo desenvolvido pela empresa americana Leggett & Platt, a Starry Night é uma cama que une vários desses atributos. É capaz de aquecer ou resfriar o colchão conforme a necessidade e o gosto do usuário e é equipada com um “centro de diagnóstico do sono”, que promete monitorar os movimentos do corpo e padrões de respiração e fornecer dicas sobre como melhorar o descanso. Além disso, combate o ronco: a cama é capaz de detectar as vibrações provocadas pelo distúrbio e rearticula a posição do móvel para acabar com os ruídos. Por fim, traz dockstation para iPod, sistema de som surround e controle remoto.
CABANA
A Hi-Can oferece um refúgio moderno com sistema de som
e home theater para fugir do estresse (US$ 67 mil)
O designer francês Philippe Boulet se inspirou nos princípios da cromoterapia para produzir uma cama que muda de cor de acordo com o humor do freguês. “É possível controlar a velocidade de mudança de cor e escolher entre centenas de tons”, diz Boulet. Também dá para sincronizar as alterações das luzes ao ciclo do sono e adicionar um módulo tocador de MP3 para embalar o descanso. Uma luz mais sóbria pode conferir um clima mais intimista ao ambiente, enquanto um tom mais vibrante ajuda o dorminhoco a acordar com mais energia.
A outra novidade é o sonho de qualquer pessoa que já brigou com a mãe por causa da cama desarrumada: um móvel produzido pela companhia espanhola Ohea que é capaz de se ajeitar por conta própria. O segredo são os travesseiros e lençóis fabricados sob medida e os sensores que reconhecem quando a cama fica vazia. Cerca de três segundos após o usuário se levantar, a mágica começa: amarrados a cordas que os prendem a um mecanismo na cabeceira, os travesseiros são levantados. Portinholas nas laterais se abrem e liberam braços mecânicos, estes seguram os lençóis – que são presos ao pé da cama com velcro – e os esticam sobre o colchão.
CROMOTERAPIA
A cama de Philippe Boulet muda de cor, e os tons podem
ser sincronizados ao sono (preço sob consulta)
Já a Hi-Can, desenvolvida pelo designer italiano Edoardo Carlino em cooperação com a Universidade da Calábria, pegou o conceito dos dosséis, aquelas cortinas que envolviam as camas de antigamente, e subverteu-a em uma “tenda” ultramoderna com sistema de som, luzes de leitura, PC com games, home theater, ajuste de posição e persianas. “Hoje em dia, a ideia de casa está mudando. Os ritmos da vida moderna estão ficando cada vez mais frenéticos, e essa cama nasceu da necessidade de ter tudo o que você precisa perto de você, em conforto absoluto, depois de um dia de estresse e preocupações acumulados”, diz o criador.
Não há dúvidas de que essas novidades enchem os olhos por sua beleza e oferecem um ambiente mais aconchegante. Mas as promessas de que essas novas tecnologias oferecem um sono melhor costumam atrair um olhar desconfiado de especialistas. “Eu sou muito cético em relação a esses dispositivos. Isso porque eles não são submetidos a pesquisas científicas controladas”, diz Jim Horne, professor do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Loughborough, na Inglaterra.
Por outro lado, alguns recursos são vistos com simpatia por cientistas. “O controle de temperatura pode ajudar a pegar no sono, e a tecnologia antirronco também é útil, principalmente para o parceiro de quem sofre do distúrbio”, diz Jamie Zeitzer, professor-assistente do Centro para a Ciência do Sono da Universidade de Stanford, EUA. O problema, segundo o pesquisador, é que combater apenas um sintoma pode ser perigoso por mascarar problemas de saúde como a apneia.
Apesar disso, alguns pesquisadores acreditam que esse tipo de dispositivo, que promete monitorar o sono, pode ajudar o usuário a tornar-se mais consciente em relação à quantidade e qualidade de seu repouso. “Talvez esse conhecimento leve a uma melhora nos padrões de sono, embora isso não tenha sido comprovado cientificamente”, diz Zeitzer. Mesmo que falte comprovação científica para essas tecnologias, no mínimo elas vão deixar o quarto do futuro mais bonito e confortável.
Fotos: Divulgação