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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira um programa com 23 pontos para endurecer o controle de armas no país. Entre as principais medidas estão a checagem dos antecedentes criminais de quem quiser comprar uma arma, a proibição de venda de armas de assalto e o aumento da cobertura médica em saúde mental. Junto do vide-presidente Joe Biden, Obama pediu o apoio da população e a a aprovação do plano no Congresso o mais rápido possível. "Isto (o controle de armas) não irá acontecer até que os americanos exijam", disse.

"Se você quiser comprar uma arma, você precisa provar que pode comprar uma arma. Não há razões para que não possamos fazer isso (a checagem antecedentes)", afirmou o presidente, ao anunciar a primeira medida do plano, sendo aplaudido. O líder americano disse cerca de 900 americanos morreram vítimas de armas de fogo em pouco mais de um mês – desde o massacre em uma escola primária na cidade de Newtown em dezembro, onde foram assassinadas 26 pessoas, a maioria crianças.

"Nosso primeiro dever como sociedade é manter as crianças a salvo. Quando é para proteger os mais vulneráveis entre nós, precisamos agir imediatamente", disse, justificando a rapidez na elaboração do plano. Pouco antes, Biden, o responsável por liderar a iniciativa, havia dito que ouviu 229 grupos e membros dos partidos Democrata e Republicano em pouco mais de 30 dias. "Eu nunca vi a consciência de um país tão abalada. Por isso o presidente me pediu para pensar no que poderia ser feito. Nós precisamos agir agora".

O vice-presidente citou um sobrevivente do massacre de Virginia Tech presente no local. "Ele me disse: não estou aqui por causa do que aconteceu comigo, e sim porque o que aconteceu comigo continua ocorrendo", disse Biden, citando o jovem. Obama, por sua vez, citou cartas que recebeu de crianças que pediam mais segurança. Uma delas disse que sabia que ele precisaria do Congresso, mas implorava para que "ele tentasse com todas as forças (fazer passar as medidas)".