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NO TOPO
Isis Valverde fez laboratório com cantoras baianas para viver o papel:
"Virei cantriz"

Uma mineira de 25 anos passou dois meses vivendo uma rotina rigorosa. Ela se submeteu a aulas de canto e dança e a uma longa lista de outros cursos, inclusive para aprender o sotaque baiano, e assim se transformar em uma eletrizante cantora de axé em Salvador, no melhor estilo de Ivete Sangalo e Daniela Mercury. Trata-se da belíssima Isis Valverde, que, pela primeira vez, será a protagonista de uma microssérie global. A partir da terça-feira 8, ela aparecerá em “O Canto da Sereia” comandando um trio elétrico em pleno Carnaval e, para marcar presença, até mudou o seu visual: os cabelos lisos e negros foram transformados em cacheados claros. Sem fazer uso de dublagem, Isis canta com a própria voz uma música inédita, composta especialmente para a história. “A Sereia é uma personagem incrível. Ela me exigiu grande preparação, mas me trouxe amadurecimento”, afirma Isis.

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MORTE NO TRIO ELÉTRICO
Série gira em torno do assassinato da
cantora vivida por Isis: folia e mistério 

Especialmente porque a microssérie se inicia justamente com o assassinato da diva do axé em meio à louca folia, o que torna a sua atuação, fragmentada em flashbacks, muito mais difícil. “A sensualidade é apenas um dos aspectos da história”, diz George Moura, um dos autores da trama, que se baseou no livro policial do escritor e produtor musical Nelson Motta para criar o enredo passado em sua maior parte na capital baiana. O crime é o ponto de partida do thriller e sua solução ocupará os quatro capítulos previstos, que contam com a participação dos atores Marcos Palmeira e Gabriel Braga Nunes nos papéis, respectivamente, do segurança particular e do produtor musical de Sereia, e de Marcelo Médici vivendo um marqueteiro. Além do clima de sedução e festa, os autores prometem muito suspense e mistério: afinal, quem matou a cantora e por quê? Mistério inclusive para o autor do romance. Motta revelou à IstoÉ que vendeu os direitos da obra e não tem ideia de como ficou a adaptação. “Sei que há novos personagens e até um assassino diferente do livro. Prefiro assistir como qualquer espectador e espero boas surpresas”, afirmou.

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As filmagens contaram com recursos de cinema, como gruas e maquinários transportados do Rio para a Bahia, e teve a participação de 800 figurantes. Autora do roteiro de “2 Filhos de Francisco”, a roteirista Patrícia Andrade levou o seu know-how para a produção, procurando ser fiel à obra: “Nesse caso foi até mais fácil porque a escrita do Nelsinho é muito próxima do audiovisual.” Para dar acabamento cinematográfico à microssérie, a direção de fotografia ficou a cargo do fotógrafo e cineasta Walter Carvalho, um dos mais requisitados do cinema brasileiro, que optou pelo uso de câmeras na mão, o que garantiu mais agilidade às cenas. Do alto do trio – e das sandálias douradas –, Isis tem um desejo: gostaria que a canção feita para ela emplacasse no próximo Carnaval. “Quem sabe? Mesmo porque, a música é ótima”, diz.