Conheça em vídeo as versões verdes e furiosas da Porsche, da BMW, da Tesla e da Fisker:

IstoE_EsportivosVerdes_255.jpg

 

 

chamada.jpg
BÓLIDO
A nova Ferrari F70 terá motor híbrido como o do protótipo
599 GTB Fiorano, apresentado no Salão de Genebra de 2010

A Fórmula 1 é um esporte caro para as equipes e para o ambiente. Aviões levando carros e mecânicos pelo mundo, motores que fazem 1,6 quilômetro com um litro de combustível fóssil e grande quantidade de suprimentos descartáveis garantem a essas corridas o pódio quando o assunto é pegada de carbono no mundo esportivo. Por conta disso, desde 2007 a Federação Internacional de Automobilismo (Fia) determinou que as pesquisas para a criação de novos motores de Fórmula 1 priorizassem o desenvolvimento de veículos híbridos e a redução da emissão de CO2 nas pistas. A ideia é não só modernizar o esporte, mas criar bases para que a consciência ambiental encontre espaço sob os capôs dos veículos superesportivos.

Um dos resultados mais significativos desse comprometimento deve estrear no próximo Salão do Automóvel de Genebra, em março deste ano. A Ferrari promete levar ao evento a nova F70, máquina que funde várias tecnologias verdes desenvolvidas pela marca italiana nos últimos anos. Para começar, o modelo será híbrido, com um motor a combustão capaz de desenvolver 750 cavalos e um elétrico que gera mais 100. Isso não significa que o bólido perderá desempenho. Especula-se que ele fará a prova de 0 a 100 km/h em menos de três segundos.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Para que o modelo atinja a meta de emitir até 30% menos gases do efeito estufa que a versão anterior, outras medidas foram tomadas. Uma delas é o uso da tecnologia “start-stop”, que já equipa veículos híbridos como o Ford Fusion. Por meio dela, o motor é desligado quando o carro não está em movimento – em um semáforo, por exemplo. Para religá-lo, basta pisar no acelerador. A Ferrari usou ainda uma tecnologia importada diretamente das pistas de Fórmula 1. Trata-se do sistema Kers, que recupera a energia perdida durante a frenagem e a manda de volta para o motor.

O clima de correção ecológica tomou conta de vez da escuderia italiana. Nos últimos anos, várias árvores foram plantadas em torno dos galpões da fábrica em Maranello. Além disso, todos os prédios construídos recentemente para os escritórios da empresa são feitos com grandes áreas envidraçadas, o que facilita a entrada do sol, diminui o consumo de eletricidade e tinge de verde a imagem que a empresa propaga pelo mundo. Quem disse que Ferrari só fica bem de vermelho? 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias