000_158838838.jpg

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a aprovação do novo sistema fiscal é uma promessa de campanha que evitará a crise orçamentária. A proposta foi aprovada às 23h de ontem (1º), em meio a debates e divergências entre republicanos e democratas. A Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) aprovou a proposta por 257 votos a favor e 167 contrários. Para as autoridades norte-americanas, a iniciativa evitará o chamado abismo fiscal.

Obama disse que o acordo com o Congresso representa  “apenas um passo” em um contexto de um esforço mais amplo de fortalecimento da economia. Ao classificar o déficit do país de “demasiado alto”, o presidente disse estar  “completamente aberto” a um compromisso para reduzi-lo de forma equilibrada.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o acordo após receber sinalização para fazê-lo por parte do Senado. A proposta pretende evitar o aumento de impostos na classe média e aumentar as taxas sobre os rendimentos acima de US$ 400 mil para pessoas físicas e de US$ 450 mil para os casais.

O acordo foi votado em tom de urgência, já que, na próxima quinta-feira, será empossado um novo Congresso, saído das eleições de 6 de novembro, e os projetos que não tiverem sido adotados, como seria o caso do pré-acordo fiscal do Senado, serão cancelados.

Entre outras medidas, o acordo do Senado transforma em permanente o nível atual da carga tributária para 98% das famílias e 97% dos pequenos negócios. Por outro lado, eleva o imposto para os casais com rendas anuais superiores a US$ 450 mil, que voltarão a contribuir com uma taxa de 39,6%, como era há duas décadas, em vez dos 35% atuais. Trata-se da primeira alta de impostos produzida nos EUA com apoio bipartidário em 20 anos.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O acordo não prorroga, no entanto, o rebaixamento temporário das retenções sobre os salários aprovadas pelo presidente Barack Obama dentro das medidas de estímulo à economia.

Através dessa combinação de altas dos juros e redução de certas deduções para os mais abastados, o Governo espera arrecadar US$ 620 bilhões em novas receitas nos próximos dez anos.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias