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 O consumo de vinhos rosé superou todas as expectativas. Na Enoteca Fasano, em São Paulo, as 1800 garrafas trazidas neste ano já estão esgotadas, o que obrigou a importadora a encomendar uma nova remessa, prevista para janeiro. O restaurante Quadrioglio, no Rio de Janeiro, ampliou sua carta de três para sete rótulos (dois deles espumantes) e tem assistido a um consumo recorde do vinho adequado para os dias quentes. “Carioca adora novidade. E o rosé combina bem com o calor do Rio”, justifica a sommelière da casa, Marlene Alves. Com temperatura ideal de nove graus, o rosé costuma ser mais gelado do que os brancos e tintos. Por isso, não é à toa que os profissionais do ramo estão chamando este verão de estação cor de rosa. “Os rosés são leves e jovens, têm mais estrutura do que os brancos e menos taninos do que os tintos”, descreve a consultora Fernanda Vianna, referindo-se à substância responsável pela sensação de boca amarrada típica dos vinhos mais rubros. O rosé é produzido a partir de uvas tintas e sua coloração se deve à retirada das cascas, responsáveis pela tintura. Ele acompanha bem peixes mais elaborados e pratos de carne branca mais temperados. Os cogumelos também vão bem com um rosé.

A nova onda surgiu na Europa, com as altas temperaturas dos últimos verões. Segundo o paulista Ipe Moraes, dono do restaurante Adega Santiago, as vinícolas de renome investiram no desenvolvimento de rosés para que o brasileiro vencesse o preconceito em relação à bebida, causado pelos rosés de baixa qualidade da década de 70. “Só agora se dá destaque aos rosados nos restaurantes e nas importadoras”, nota. A Mistral, a maior vendedora de rosés no Brasil e que traz 44 rótulos de países diversos como África do Sul e tradicionais como Itália e França, viu as vendas do segmento dobrarem no último ano. “Os baixos preços servem de incentivo para quem teme arriscar”, diz Otávio Lilla, diretor da importadora. Não dá para recusar.

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