O governo precisou sinalizar com a possibilidade de baratear linhas de crédito para produção de álcool e ameaçar reduzir a quantidade de álcool na gasolina para conseguir fazer com que os usineiros aderissem a um acordo capaz de barrar a escalada dos preços do combustível nos postos. Depois de uma reunião realizada na quarta-feira 11 entre governo e produtores, ficou acertado que o preço do litro do álcool vendido nas usinas não passará de R$ 1,05, uma queda de três centavos. Mas não há garantia de que essa redução chegue ao bolso do consumidor final. Pode ficar pelo caminho, nas mãos dos intermediários ou dos donos de postos. Na tentativa de reforçar o breque nos preços, o Ministério da Fazenda antecipou que pretende zerar o imposto de importação sobre álcool. Por causa da entressafra e das exportações, o preço do álcool vem subindo sem controle nos últimos meses. Só em dezembro, o aumento ficou na casa dos 8% e, em São Paulo, na primeira semana de janeiro, os reajustes chegaram a 13%.