O melanona é o mais devastador dos tumores de pele. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, surgem cerca de três mil novos casos no Brasil a cada ano. Um a cada quatro pacientes perderá a vida por causa da doença. Atualmente, vários centros de pesquisa investem no desenvolvimento de vacinas para deter esse tumor. Na semana passada, a boa notícia veio do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. O cientista Steven Rosenberg anunciou resultados animadores com uma nova técnica para tratar pacientes com melanoma em estágio avançado e metástase (aparecimento de células tumorais em outros locais do corpo).

Ele e sua equipe extraíram linfócitos T (célula de defesa) de doentes para multiplicá-los em laboratório, junto com fragmentos do tumor, e depois reinjetá-los. A estratégia visava aumentar o número de soldados contra a doença e mostrar a eles o inimigo a ser combatido. O tratamento reduziu tumores em alguns indivíduos e eliminou metástases. Um dos efeitos colaterais em alguns pacientes foi o vitiligo. “O estudo é importante para conhecermos melhor a atuação do linfócito T”, diz o oncologista Sérgio Simon, de São Paulo. “É mais uma promessa para tratar casos avançados”, diz Fernando Almeida, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.