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EDUCAÇÃO
Cresceu o número de crianças e adolescentes na escola. No ensino médio,
a alta foi de 40%. Na faixa de 0 a 5 anos, passou de 25,8% para 40,7%

O Brasil avançou no que diz respeito à educação, ao trabalho e às desigualdades sociais. Isso pode ser comprovado através da Síntese de Indicadores Sociais, relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que avaliou as condições econômicas e o padrão de vida da população entre 2001 e 2011. Bem-estar, garantia de direitos humanos e sensação de insegurança são alguns dados consolidados que estreiam nesse estudo, o primeiro que analisa também o cotidiano das pessoas. A expansão educacional, comprovada em vários indicadores, foi a face mais evidente do progresso. O brasileiro também está vivendo mais e melhor. “Estamos mais educados, o rendimento melhorou e vários critérios indicam que houve avanço, mas ainda persistem os desafios”, afirma Betina Fresneda, pesquisadora do IBGE.

Um dos dados mais relevantes é que cresceu o número de crianças e adolescentes na escola. No ensino médio, a alta foi de 40%. Na faixa de 0 a 5 anos, passou de 25,8% para 40,7% as crianças matriculadas em instituições de ensino. O déficit de creches, informa o IBGE, emperra esse crescimento. Os indicadores que medem o bem-estar, inéditos no estudo, são mais complexos de calcular e mostram que as principais vulnerabilidades estão ligadas, além da renda, às carências sociais, como qualidade dos domicílios, acesso aos serviços básicos de saneamento, coleta de lixo e iluminação e acesso à seguridade social. Nessa classificação, 22,4% dos brasileiros estão em risco. Também há o que melhorar em relação à alimentação, à segurança e à seguridade social.

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Prosperidade significa mais carros e pessoas transitando, o que acarreta mais tempo de deslocamento para o trabalho: mais de uma hora para cerca de 10% dos trabalhadores. As mulheres continuam escravas do serviço doméstico — elas gastam 2,5 vezes mais tempo nas tarefas de casa do que os homens. Mas aumentou quase 11 pontos percentuais a proporção de pessoas no trabalho formal, regulado e com garantia de benefícios sociais.Os empregos com carteira assinada cresceram de 43,2% para pessoas acima de 16 anos para 54,8% no ano passado. Podemos, sim, festejar o Ano-Novo.

Foto: Eliária Andrade/Agência o Globo