Remessas de dinheiro

Tomamos conhecimento que foi publicada na revista ISTOÉ edição 1720, bem como disponibilizada no site ISTOÉ Online, reportagem de autoria de Amaury Ribeiro Jr. “O paraíso fiscal é aqui”, que trata de remessas ilegais de dinheiro para o Exterior, realizadas por empresas estrangeiras. Entre as empresas citadas como suspeitas de realizar tal operação ilegal, consta a empresa World Telecom. Ocorre que, por um lapso, constou da mencionada matéria que a World Telecom detém o controle acionário da Embratel, o que não condiz com a realidade de nossa empresa. Como é do conhecimento geral, a Embratel é controlada pela empresa americana denominada WorldCom, Inc., que não mantém nehuma relação, seja de que natureza for, com a denominada World Telecom. Pelo exposto, vimos, pela presente, solicitar a V.Sas. que retifiquem – tanto na revista ISTOÉ quanto no site da ISTOÉ Online –, o quanto antes, o lamentável equívoco constante da matéria acima referenciada, com a finalidade de esclarecer que a empresa World Telecom, suspeita de realizar operações ilegais no Brasil, não é controladora ou, de qualquer outra forma, ligada à Embratel, objetivando, assim, restabelecer a verdade dos fatos.
Pedro Antônio Batista Martins
Diretor Jurídico
Empresa Brasileira de
Telecomunicações S/A – Embratel
Rio de Janeiro – RJ

Sucessão presidencial

Parabenizo a revista ISTOÉ pelas excelentes reportagens com os candidatos ao Planalto. A entrevista com Ciro Gomes está excelente. As fotos que compõem a reportagem também estão ótimas. Como leitor assíduo da revista, conclamo seus editores e redatores a continuarem mantendo sua isenção com profissionalismo, pois, como sabemos, outros órgãos de comunicação e parte da grande imprensa já emitem sinais de terem embarcado, embora tardiamente, na candidatura oficial. “Serra é um projeto de ditador” (ISTOÉ 1720).
Artur Pacheco
Recife – PE

Ciro é disparado o mais preparado dos candidatos. Dá gosto ler entrevistas sérias como essa. Pena que a maioria dos brasileiros não tenha acesso às revistas sérias e imparciais.
M. Leonor Garcia
São Paulo – SP

O senhor Ciro Gomes serviu à ditadura enquanto ela imperou no Brasil, sendo beneficiado por ela até com cargos biônicos, e vem dizer que Serra é um projeto de ditador? Pelo menos a nossa inteligência deveria ser poupada pelos candidatos.
Jackson Vasconcelos
Rio de Janeiro – RJ

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Hipocrisia demagógica ou demagogia hipócrita? Todos os candidatos que estão prometendo milhões de empregos nos próximos quatro anos de governo deveriam ser processados por propaganda enganosa e condenados à litigância de má-fé. Sabidamente essa missão não é possível no quadro atual brasileiro. O povo está cansado de promessas eleitoreiras, demagógicas e hipócritas.
Velton Goulart
Novo Hamburgo – RS

Tenho acompanhado o trabalho da revista ISTOÉ sobre a sucessão presidencial e estou indignado com as eleições deste ano. O que se vêem são promessas e mais promessas de todos os candidatos que dizem conseguir mudar o Brasil. Será que eles acham que o brasileiro é tolo?
Fábio José da Silva
Bom Despacho – MG

Herança JK

Na entrevista “Todos querem ser JK” (istoé 1720), a professora Maria Victoria Benevides revela sintomas de autoritarismo e incrível desconhecimento da realidade brasileira, ao afirmar que causei a inflação do período em que exerci o cargo de ministro da Fazenda. Comete o equívoco rasteiro de achar que o ministro pode fazer o que quiser, independentemente das circunstâncias e, principalmente, do ambiente econômico, político e institucional em que atua. Ao sugerir que eu não mereceria exercer a profissão de consultor, a professora Benevides parece imaginar que são idiotas os mais de 120 clientes que compram os serviços da Tendências, de que sou sócio, e desqualifica o trabalho de seus quase 60 integrantes, os quais fizeram da empresa a maior e mais conceituada em seu ramo no Brasil.
Mailson da Nóbrega
Rio de Janeiro – RJ

Magnânima a cientista política Maria Victoria Benevides em sua entrevista a ISTOÉ falando com propriedade sobre JK e repudiando FHC e seus discípulos bajuladores por quererem associar-se à figura imortal do melhor presidente de todos os tempos. É lamentável que os políticos de hoje, integrantes do sistema de apodrecimento moral que assola o Brasil, recorram a expedientes tão baixos, que envergonham a todos os homens de bem deste país. “Todos querem ser JK”. (ISTOÉ 1720).
Ariston Álvares Cardoso
Goiânia – GO

Guerra

Muito boa a matéria sobre o 11 de setembro e suas consequências, traçando um panorama e elencando as razões pelas quais uma grande e considerável parcela da população mundial tenta a duras penas não se curvar ante a arrogância e a prepotência americana. Como conceber as palavras do representante da nação mais poderosa do mundo, e até então o maior ícone de liberdade do mundo ocidental, em afirmar que a ONU endossando ou não o ataque ao Iraque será efetivado? Passarão os EUA por cima das instituições legalmente constituídas, criadas a fim de impedir atos unilaterais e erros cometidos outrora ou criarão provas como forma de legitimar a guerra? “Variações sobre o mesmo tema” (ISTOÉ 1720).
André Luiz dos S. Freitas
Manaus – AM

A imprensa nos apresenta quase como mártires as vítimas americanas do 11 de setembro, enquanto parece ignorar que outro tanto de vítimas já foram feitas pelo imperialismo americano em várias partes do mundo.
Rogério de Sousa Silva
Aparecida de Goiânia – GO

Fernandinho Beira-Mar

Direitos e deveres são iguais para todos. Uma sociedade justa e equilibrada não permite que indivíduos que burlam deliberadamente as leis sejam protegidos por elas. E é preciso acabar com a hipocrisia de achar que todos merecem julgamento justo, de que todos são inocentes até que se prove o contrário. Fernandinho Beira-Mar simplesmente demoliu todos os pilares sustentáveis da sociedade carioca, tal como um Bin Laden tupiniquim, ao fechar um presídio de “segurança máxima” e matar quem ele quis. Até quando o Rio de Janeiro vai ficar estático, vendo seus filhos serem assassinados e destruídos pela droga? Até quando as autoridades vão ficar agindo como professores primários e tratando traficantes como crianças malcriadas? “Tá dominado?” (ISTOÉ 1720).
Eduardo Sampaio
Salvador – BA

Medicina mais humana


Estive internado durante 30 dias no Hospital da Rede Sarah em Belo Horizonte e pude comprovar a excelência do atendimento global como quer o dr. Aloysio Campos da Paz Jr. É bom saber que no Brasil existem pessoas solidárias que desejam e trabalham pelo bem comum. Parabéns à revista pela reportagem. “Tratamento no automático” (ISTOÉ 1719).
Roberval Alvarenga
Perdões – MG

Barebackers

Atualmente com 38 anos de idade, pensei que, depois de 11 de setembro de 2001, eu não ficaria mais perplexo com nada nesse mundo! Após ler a reportagem “Pacto mortal” (ISTOÉ 1719), fiquei impressionado como, cada vez mais, a liberdade, ou melhor, a libertinagem de expressão das pessoas se avança assustadoramente. Não sou nenhuma pessoa “careta” ou repressora, nem tenho a pretensão de ficar pregando para pessoas adeptas aquele tipo de roleta-russa que viver é tão bom assim. Cada um carrega, dentro de si, a responsabilidade de administrar o bem maior que possui, que é a vida. E zelar por ela é o seu maior desafio! Como dizia o poeta Cazuza, “o meu prazer agora é risco de vida!” A nossa geração é a que mais sofreu (e sofre!) com o aparecimento das DSTs, em especial, a Aids. Nossa reeducação sexual, na marra para muitos, já foi, sem querer, uma roleta-russa, uma vez que, a maioria das pessoas sexualmente ativas acreditava que aquela doença era originária e específica de um determinado grupo sexual.
Paulo Fernando Vieira de Almeida
Belo Horizonte – MG

Energia

Em relação à matéria “À meia-luz”, publicada na edição de 11/9, gostaria de esclarecer alguns mal-entendidos sobre a PPL e sua subsidiária brasileira, a Companhia Energética do Maranhão (Cemar). As alegações de que a PPL assumiu a empresa praticamente sem dívidas são totalmente incorretas. Quando a Brisk, subsidiária da PPL, adquiriu a Cemar em junho de 2000, já existiam aproximadamente cerca de R$ 495 milhões em passivos registrados no balanço da empresa. Mais, o faturamento bruto total da Cemar em todo o ano de 2000 foi de R$ 343 milhões, e não de R$ 340 milhões por mês, como afirmado na matéria. Em junho de 2001, a Cemar recebeu uma classificação de crédito (rating) com grau de investimento “Investment Grade” e emitiu R$ 150 milhões em debêntures, aumentando o saldo do passivo total para R$ 710 milhões. Esta classificação de crédito elevada, que foi reconhecida por sofisticados investidores no mercado financeiro do Brasil que adquiriram as debêntures, indicou que a Cemar apresentava um equilíbrio prudente entre passivo total e estrutura de capital naquele momento. Além disso, absolutamente 100% da dívida e dos passivos contraídos desde a privatização foram usados para financiar operações e fazer investimentos, a fim de melhorar o serviço para os cerca de um milhão de clientes da Cemar, conforme requerido pelo contrato de concessão. Desde a privatização, a PPL não recebeu dividendos, não recebeu pagamento pelo empréstimo concedido à Cemar, nem retornos de capital. Ainda, sugestões de que os problemas financeiros da Cemar derivam de saldos de dívidas em dólares também não são verdadeiras. É fato que, até março de 2002, 96% da dívida da Cemar está denominada em reais. É igualmente falsa a afirmação de que a PPL “foi embora e deixou a Cemar sob intervenção da Aneel”. É público e indiscutível que a Aneel interveio na Cemar por iniciativa própria. A PPL não “foi embora”. Através de sua subsidiária, a PPL ainda é a dona da Cemar. A Aneel, através da intervenção, administra agora as operações diárias da Cemar. Entretanto, a PPL, como controladora final da Cemar, continua muito preocupada com a situação financeira da companhia e o serviço prestado aos clientes no Maranhão. Na verdade, até o momento da intervenção a PPL trabalhou incansavelmente na tentativa de maximizar a eficiência operacional da Cemar e o serviço aos clientes e de reestruturar suas dívidas e seu passivo para garantir a sobrevivência a longo prazo da companhia. A própria Aneel reconheceu em julho, através de relatório, todas as melhorias operacionais e comerciais feitas na Cemar. Apesar das cobranças e acusações inverídicas publicadas na matéria, a verdade sobre as causas da grave situação financeira da Cemar é clara: o racionamento imposto pelo governo, que acarretou em menos receita para a Cemar. Mesmo após o racionamento, os clientes da Cemar nunca mais retornaram aos níveis anteriores de consumo. O Mercado Atacadista de Energia ( MAE), em verdade nunca funcionou e a Cemar também nunca recebeu pagamento pela energia que teve que vender ao MAE. Em função dessas e de outras incertezas no mercado de energia, não havia fontes de financiamento disponíveis no Brasil para a Cemar. Apesar de ter solicitado revisões emergenciais à Aneel, a Cemar não obteve uma compensação tarifárias adequada, conforme garantido pelo Contrato de Concessão. Infelizmente, por todos esses motivos, a Cemar ficou impossibilitada de cumprir com os pagamentos aos seus credores. Depois de tentar todas as saídas possíveis para obter auxílio, incluindo pedidos de revisões tarifárias e extensiva negociação com credores, não restou outra alternativa à Cemar senão buscar proteção através do pedido de concordata. A Cemar tomou esta medida para ajudar a preservar o nível dos serviços aos seus consumidores, para proteger a companhia e para promover um acordo equitativo para quitação de suas dívidas sob a supervisão da Justiça estadual. Apesar de acreditarmos que os interesses dos clientes estavam bem atendidos pela Cemar até o momento da intervenção, fomos obrigados a cessar todos os esforços em prol da Cemar, e o destino da companhia está agora nas mãos da Aneel e do governo brasileiro.
Paul A. Farr
Vice-presidente de Operações
PPL Global, LLC
Pensilvânia – EUA

ISTOÉ responde: Todas as informações da reportagem foram concedidas por professores-doutores especialistas em energia que acompanharam a trajetória da Cemar desde antes da privatização. A assessoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que controla o setor, confirma que a PPL não investiu um centavo na empresa: “Eles preferiram ir ao mercado buscar dinheiro pagando altas taxas de juros. Tanto que, antes da intervenção, 97% do capital da Cemar estava nas mãos do mercado. Em vez de colocarem dinheiro novo na operação, eles optaram por contrair empréstimos para cobrir dívidas e resolver problemas, e com isso a situação ficou insustentável, com sérios riscos para os consumidores. Tanto que, um mês antes da intervenção, a Aneel já estava dentro da empresa fazendo uma auditoria, onde constatou que a Cemar não tinha recursos nem para pagar os juros dos empréstimos. É um caso clássico de má gestão. E a PPL saiu do negócio, sim, deixando a empresa nas mãos da Aneel para evitar riscos aos consumidores.


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