A campanha sucessória entra na reta final e os eleitores brasileiros que acompanham o horário gratuito pelo rádio e pela televisão já podem ter uma certeza: a prioridade absoluta do próximo presidente, seja ele quem for, é a criação de empregos, aos milhões, se possível. Uns falam em números, outros só batem na tecla da necessidade de novas oportunidades para os 11 milhões de desempregados do País e para outros tantos milhões de jovens que procuram um lugar no mercado de trabalho. Quem acompanha o discurso dos candidatos com atenção também percebe que as propostas para chegar próximo do eldorado do pleno emprego são muito parecidas. Retomar o crescimento econômico, priorizar a agricultura, incentivar as exportações, dar uma força para o turismo. O diagnóstico está posto. Os atalhos também: reeducar a mão-de-obra, criar estágios para os jovens, liberar financiamentos para os pequenos empresários, apostar na agricultura familiar. Felizmente, os políticos com chances de chegar ao Palácio do Planalto podem ser considerados sérios, trabalhadores, interessados no bem do País.

Mas como o eleitor consegue optar por um candidato num quadro de tamanho equilíbrio entre as propostas? Com a série de entrevistas – iniciada na semana passada com o candidato Anthony Garotinho (PSB), que continua nesta edição com Ciro Gomes (PPS) e prossegue com José Serra (PSDB) e com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –, ISTOÉ se propõe a colaborar com o debate político e a mostrar que o estilo faz o homem, além, é lógico, de seu passado e de sua coerência. Cada um dos quatro acredita num caminho para cumprir a promessa de desenvolvimento. A comparação, não só das palavras, mas também das ações, é uma arma da democracia.