Com a matéria-prima básica de seu negócio, a criatividade, os executivos mais importantes da publicidade brasileira vão se reunir em Belo Horizonte nesta semana (dias 27, 28 e 29) para construir um pacto da prosperidade. É o 5º Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade, evento que se realiza a cada dois anos e que nesta edição vai discutir uma resposta que promete ser vigorosa à instabilidade econômica que engessou os negócios de um modo geral, no segundo semestre do ano passado. Termômetro afiado da saúde da economia, a publicidade sentiu o baque: seus negócios recuaram 7% no ano passado. As perspectivas para 2002 apontam para a volta gradual do crescimento da atividade, mas o chacoalhão de 2001 provocou pelo menos uma lição positiva: agências, anunciantes e veículos têm que se preparar para viver uma nova era. “Esse Encontro vai refletir um momento histórico do setor”, diz Sérgio Amado, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e da agência Ogilvy & Mather. Duas estrelas internacionais já confirmaram sua presença: o francês Jacques Séguéla, vice-presidente da Havas, e Brendan Ryan, presidente da FCB Worldwide, americana.

Não por acaso, o tema principal do evento será “repensando o nosso negócio”. As coisas vão mudar na relação do tripé cliente-agências-mídia, mudar muito e muito rapidamente. E, de alguma maneira, as agências, como pólo de criatividade, têm que dar o pontapé inicial nessa mudança. “O Encontro é uma oportunidade imperdível para uma grande reflexão sobre o amanhã de nosso mercado”, diz Amado. Imperdível para reforçar a bem-sucedida fórmula brasileira de união estreita entre agências, anunciantes e mídia. “O modelo brasileiro praticado no mercado, onde a união entre os segmentos visa gerar o crescimento de todos, deve ser aprimorado, mas, sobretudo, mantido”, diz Amado.Todos estão no mesmo barco: mudar para crescer. Mudar o quê? “O relacionamento cliente-agências-mídia, eliminar a preguiça de repetir velhas fórmulas, aproveitar a oportunidade da crise, lutar”, diz Amado.

No ano passado, o setor movimentou R$ 3,69 bilhões. A previsão de crescimento para este ano é de 5% a 7%, graças principalmente à Copa do Mundo. É longe, de madrugada, o time brasileiro não é lá essas coisas, Felipão não é o rei da simpatia, mas as promoções estão estourando. A partir deste final de semana, por exemplo, o site da W/Brasil terá uma seção especial para falar da Copa, o Hot Site Copa do Mundo 2002, com vários links (curiosidades, recados para a Seleção, depoimentos, artigos, dicas de onde assistir aos jogos, seleção de filmes, eleição do Mr. Copa do Mundo) e um bolão cujo acesso se dá pelo site da agência (www.wbrasil.com.br). O primeiro colocado vai escolher entre um estágio na W/Brasil e um pacotão de prêmios. Os outros participantes serão premiados durante o Bolão, com camisetas W/Copa do Mundo. A iniciativa é um bom exercício de ensaio para a almejada inovação no modelo convencional das agências.


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