Ciro Gomes e Patrícia Pilar na TV

O noticiário da última semana deu como certo que o candidato do PPS, Ciro Gomes, perdeu um de seus maiores trunfos de campanha. Tudo porque o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que os programas partidários anteriores ao horário eleitoral gratuito não podem estar centrados na campanha presidencial de candidatos de outro partido, mesmo que coligados. Ou seja, Ciro teria perdido, para sua propaganda, os 40 minutos que o PTB e o PDT terão direito em junho na TV e no rádio. Mas um importante ministro do TSE deixa claro que a coisa não é bem assim. Poderão aparecer, por exemplo, imagens de Ciro nas convenções desses partidos. Talvez até trechos de seu discurso. Políticos do PDT e do PTB estão livres para declarar claramente seu apoio a Ciro, como o líder do PMDB, Geddel Vieira Lima, fez recentemente em relação à candidatura do tucano José Serra no programa peemedebista. Com boa dose de criatividade, os marqueteiros podem fazer uma festa. Pensam, inclusive, na possibilidade de a atriz Patrícia Pilar ancorar os programas do PPS, do PDT e do PTB.

O poderoso Nizan

O marqueteiro Nizan Guanaes, que bateu pé pela vice Rita Camata, está mesmo com a corda toda. Manda e desmanda na campanha de José Serra. Primeiro atropelou o publicitário Nelson Biondi. Depois, indicou a assessora de imprensa Andréa Gouveia Vieira, esvaziando o poder de Henrique Caban e Milton Coelho da Graça. Agora, colocou Bia Aidar no comando da área de eventos, escanteando a antiga dona do pedaço, Suzana Jabor.

Políticos nos fundos de pensão

Circula nos fundos de pensão a minuta de um decreto do Departamento de Controle das Estatais segundo a qual poderão ser nomeados para a diretoria dos fundos pessoas que não sejam funcionários dos órgãos originais. Hoje, por exemplo, só funcionários do Banco do Brasil podem dirigir a Previ. Por essa minuta, o governo poderá indicar políticos apadrinhados para esses cargos.

Dossiê petista

Aliados da governadora do Rio, Benedita da Silva, estão fazendo um levantamento detalhado do programa Cheque-cidadão, criado pelo ex-governador Anthony Garotinho. Só esperam uma definição sobre a candidatura presidencial do PSB. Se Garotinho não desistir e o seu partido, enfim, não se aliar ao PT, a turma de Bené vai divulgar os dados.

Parceria entre Ricardo Sérgio e Mendonção

A CPI do Banespa descobriu que a parceria entre Ricardo Sérgio e o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros continuou, pelo menos por algum tempo, depois de toda a confusão causada com os grampos no BNDES. A RMC, do ex-caixa de campanha dos tucanos, vendeu quase R$ 2 milhões em ações do Banespa, no final de 2000 quando o banco foi privatizado. A operação, que envolveu papéis comprados aos poucos a partir de 1998, foi encomendada pela Link, a corretora dos filhos de Mendonção.

Rápidas

O PT já discute um convite formal a Pedro Simon para ser vice de
Lula. Abriria um racha do tamanho de um bonde na convenção
nacional do PMDB.

Ney Suassuna tem certeza que volta a ser ministro. Quando esteve com FHC, o presidente pediu-lhe para ajudar a evitar o depoimento de Ricardo Sérgio. Ele ajudou.

Anthony Garotinho está mandando matérias suas para rádios do País inteiro. Aqueles que devolverem uma fita com a notícia transmitida ganham de volta uma graminha.

O PDT do Rio vai entrar com consulta no Supremo. O partido quer saber se o candidato tucano a presidente, José Serra, pode aparecer no programa local do PFL.