Índios guarani-kaiowá estão liberados para permanecer numa área de 10 mil m ² no sul Mato Grosso do Sul que é objeto de um processo de reintegração. Uma decisão da desembargadora Cecilia Mello, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª. Região, garante à comunidade o direito de ficar no local até o fim da delimitação e demarcação das terras.

"O caso dos autos reflete, de um lado, o drama dos índios integrantes da comunidade indígena Pyelito Kue que, assim como outros tantos silvícolas brasileiros, almejam de há muito a demarcação de suas terras. E, de outro lado, o drama daqueles que hoje ocupam terras supostamente indígenas que adquiriram a propriedade ou foram imitidos na posse de forma lícita", afirmou a desembargadora.

"Os indígenas se encontram em situação de penúria e de falta de assistência e, em razão do vínculo que mantêm com a terra que creem ser sua, colocam a própria vida em risco e como escudo para a defesa de sua cultura", acrescentou a desembargadora.