Sucessão presidencial

O brasileiro gosta mesmo de um show. Não duvidem que muitos eleitores decidiram votar em José Serra devido às aparições de Elba Ramalho, Chitãozinho e Xororó e KLB. É inacreditável. O que este governo fez senão favorecer os empresários, aumentar juros e criar ainda mais impostos? E ainda tem a ousadia de dizer que não existe inflação! Em quatro anos, a gasolina aumentou aproximadamente 100%! FHC conheceu o mundo, comeu, viajou, com ares de lorde inglês. Pouco ou nada fez pelo País. Pelo amor de Deus, povo brasileiro, vamos mudar! “Sinais de vida” (ISTOÉ 1718).
Márcia da Maia
Guarulhos – SP

Li a reportagem de capa e confirmei minha opinião sobre sucessão presidencial devido à clareza da matéria, que mostra como um candidato consegue subir nas pesquisas através do marketing. José Serra vinha realmente muito mal nessas eleições, mas seu grande valor investido na campanha proporcionou-lhe eficazes táticas que são as críticas a Ciro Gomes. Com isso, derrubou seu adversário e ainda venceu. Mas o que é decepcionante são as táticas utilizadas. Ele subiu nas pesquisas não pelas propostas apresentadas, mas pelas acusações, confirmando o quanto a política no Brasil funciona mal. E é bem provável que Ciro usará as mesmas táticas para contra-atacar.
Guilherme Rodrigues Salerno
Goiânia – GO

Não sou político nem comprometido com nenhuma ideologia política. Sou apenas um eleitor e leitor desta revista que, até agora, tenho considerado neutra e com compromisso com a verdade. Anos atrás, em nossa primeira eleição direta para presidente, a mídia conseguiu impedir a eleição daquele que, na minha opinião, poderia ter sido o melhor presidente que este país já teve: Leonel Brizola. Collor ganhou e deu no que deu. Agora, a mesma mídia (inclusive esta revista) quer nos fazer acreditar em uma repentina simpatia de Lula, PT e suas coligações pelo capitalismo. Será que o PCdoB virou Partido Capitalista do Brasil? Ora, um vegetariano pode até deixar de falar dos malefícios do uso da carne e conseguir simpatias para poder tomar conta de um palácio não vegetariano, mas é impossível acreditar que, lá alojado, ele vai deixar de ser vegetariano. Vejo então uma ampla reportagem sobre uma recuperação de Serra e me pergunto se o problema é com o Ciro Gomes e suas coligações. Será que no momento em que o País tem chance de consertar o erro da primeira eleição a mídia vai repetir seu comportamento de então?
Silvio Carvalho
Belo Horizonte – MG

A guerra pelo segundo lugar entre os presidenciáveis Ciro Gomes e José Serra nada acrescenta de positivo ao eleitor. Ao contrário, mostra uma tendência costumeira que só é praticada em época de eleições, quando, na verdade, deveria ser um princípio de cada cidadão, independentemente de seus interesses pessoais, em nome de um povo – felizmente – pacífico e de eleitores descrentes do já costumeiro teatro político. “Sinais de vida” (ISTOÉ 1718).
Mirna Machado
Guarulhos – SP

Foi com muita indignação e tristeza que li na ISTOÉ sobre a subida repentina de Serra na corrida presidencial. Como o povo brasileiro se sugestiona fácil e, pior ainda, se esquece rapidamente do sofrimento? Que memória curta! Espero um futuro melhor para o Brasil.
Cláudia H. B. Parente
Fortaleza – CE

ISTOÉ exerceu o papel de verdadeira imprensa, ao apresentar reportagens dos outros candidatos à Presidência: José Maria de Almeida (PSTU) e Rui Pimenta (PCO). Através de práticas como essas poderemos conhecer propostas que divergem das dos outros quatro candidatos, que, embora digladiem-se no horário político e nos debates, em nada diferem nas alianças com setores retrógrados do País. Ainda bem que existem vocês, discordantes deste pensamento único, da manutenção do estado de dependência externa do País.
Gerson Guimarães
Maceió – AL

Achei muito interessante o espaço dedicado aos dois candidatos que têm se destacado menos nesta corrida presidencial, Zé Maria e Rui Pimenta. Parabéns à revista.
João Carlos de O. Piraí
São João do Ivaí – PR

O voto é a porta de entrada para a democracia. Desde que o desejo da maioria seja realizado e o direito da minoria respeitado, teremos uma sociedade afinada com os princípios democráticos. Com a iminência das eleições, temos de destacar que os cargos majoritários em relação aos cargos legislativos têm o mesmo grau de importância e responsabilidade. Desde que haja respeito à Constituição, o presidente não governa sem deputados e senadores, assim como governadores não governam sem seus deputados. Muitas vezes a corrupção tem seu ponto de partida na campanha eleitoral, e o sufrágio nos dá o direito de fiscalizarmos não só o mau uso do dinheiro público, mas para que eleitos não possam flanar em seus cargos. O bem-estar social de todos deve ser o único interesse. Caso contrário, teremos a proliferação da corrupção e das “medidas provisórias”, e medida provisória combina com ditadura, e não com democracia. “Não vote em ladrão” (ISTOÉ 1718).
Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte – MG

O TSE, em vez de proibir algumas citações verificadas no horário gratuito na tevê, deveria proibir mesmo era a divulgação das pesquisas eleitorais que, muitas vezes manipuladas, visam efetivamente induzir o eleitor a cometer os mesmos erros do passado. A maioria dos eleitores não conhece ou não confia nos candidatos, mas acaba votando conforme o resultado das pesquisas. Neste aspecto, quem tem um ibope ou uma TV Globo a seu lado leva uma grande vantagem sobre os demais.
Tito Lívio de M. Rodrigues
Regeneração – PI

Aeronaves

O Alto-Comando da Aeronáutica repudia veementemente as informações expressas no corpo da matéria “Cartas marcadas” (ISTOÉ 1716) envolvendo o processo de seleção das aeronaves FX. Antes de tudo, é imperioso ficar claro, de uma vez por todas, que este processo vem sendo executado por uma Comissão de seleção devidamente designada para tal finalidade, presidida por um oficial-general e integrada por 57 profissionais, civis e militares de nível superior, incorporando experiências das mais diversificadas áreas do conhecimento aeronáutico. Torna-se importante, também, registrar que o processo está em perfeita consonância com a diretriz emanada do presidente da República, em 13 de julho de 2000, que aprovou o Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (PFCEAB). Ademais, com o propósito de esclarecer a sistemática de execução das atividades vinculadas ao processo de seleção, vale enfatizar que este foi conduzido em estrita conformidade com os dispositivos da Lei nº 8.666/93 e do Decreto nº 2.295/97, segundo pertinente autorização do Ministério da Defesa. Nesse cenário, para ter-se uma idéia da envergadura das tarefas ora examinadas, é bastante citar que foram estudados cerca de cento e vinte (120) volumes de informações técnicas, produzidos mais de mil e cem (1.100) documentos oficiais e empregados na ordem de trinta e seis mil (36.000) homens-hora de nível superior, em 15 meses de ininterruptos trabalhos. O Alto-Comando da Aeronáutica, neste caso específico e em outras ocasiões, sempre esteve coeso e apoiando o comandante da Aeronáutica, que nunca deixou de acatar o seu assessoramento, inclusive nos assuntos mais sensíveis da Força Aérea Brasileira. Ten.-Brig.-do-Ar Marcos Antônio de Oliveira, Ten.-Brig.-do-Ar Fernando de Almeida Vasconcellos, Ten.-Brig.-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, Ten.-Brig.-do-Ar Reginaldo dos Santos, Ten.-Brig.-do-Ar Flávio de Oliveira Lencastre, Ten.-Brig.do-Ar José Carlos Pereira, Ten.-Brig.do-Ar Sérgio Pedro Bambini
Carlos de Almeida Baptista
Ministério da Defesa
Comandante da Aeronáutica
Brasília – DF

Plataformas

É inaceitável que, depois do episódio envolvendo os caças e a FAB, o governo ainda permita que a Petrobras contrate uma empresa de Cingapura para construir uma plataforma, ignorando e desrespeitando a capacidade dos estaleiros nacionais, como citou o físico Luiz Pinguelli Rosa, e deixando de gerar empregos e outros benefícios para o País. Nós, assinantes e leitores, podemos nos considerar privilegiados, pois através de ISTOÉ ficamos sabendo das falcatruas do governo e de outros setores que compõem o lado podre deste país. Imaginem o que nos foi escondido e o que ainda não está transparente até hoje. “Bate-boca em alto-mar” (ISTOÉ 1717).
Flávio Costa de Pinho
Salvador – BA

Jorge Viana

Enquanto o governador luta pessoalmente para extirpar a célula cancerosa do crime organizado existente em seu próprio governo, o Judiciário, a quem caberia a tarefa de garantir a ordem e a cidadania, faz papel oposto no vergonhoso caso de corrupção e banditismo que assola o Estado do Acre, assusta o País e ainda é mais comprometedor, por ser liderado por um ex-deputado cassado, comprovadamente bandido. O Ministério da Justiça precisa urgentemente dizer ao povo brasileiro qual é a sua função e, se necessário, convocá-lo para o cumprimento do dever pátrio, antes que seja tarde demais. “Perseguição implacável” (ISTOÉ 1718).
Ariston Álvares Cardoso
Goiânia – GO

Obesidade

Essa cirurgia de redução de estômago é a esperança de muitas pessoas que sofrem de obesidade mórbida. Mas para os planos de saúde esse procedimento é considerado uma cirurgia estética, e por isso eles não cobrem. A obesidade mórbida é uma doença e quem sofre desse mal tem que ter direito de ser tratado, e os planos de saúde têm que cobrir esse tipo de tratamento que não é estético e sim é uma questão de saúde. “A opção dos supergordos” (ISTOÉ 1718).
Fábio Pereira de Aráujo
Recife – PE

EUA x Iraque

O Iraque tem quatro vezes a população de Israel, mas, em compensação, seis vezes menos aeronaves de combate, duas vezes menos tanques de guerra e em seu arsenal possui apenas mísseis, enquanto Israel tem armas químicas, biológicas e nucleares, além de mísseis mais potentes e em número dez vezes superior ao do Iraque. É bem verdade que o Iraque tem Saddam Hussein, mas Israel tem Ariel Sharon, não menos belicoso e protegido por um batalhão de políticos judeus ultra-ortodoxos (fundamentalistas). O perigo tem moradia garantida nesses dois países. “O ninho do falcão” (ISTOÉ 1718).
Jeferson Malaguti Soares
Belo Horizonte – MG

Meio ambiente

Ao ler a reportagem “Impasse global” (ISTOÉ 1718) fiquei perplexo com tamanha negligência e ganância humana. E amedrontado ao imaginar como o mundo irá ficar no futuro. Se os líderes mundiais não resolverem esse impasse, talvez esse futuro possa chegar bem mais cedo do que imaginamos. Considerando os grandes índices de desmatamento na Amazônia, na última década, será que todos estão cegos e não percebem o suicídio que estão cometendo?
Cristiano Augusto B.T. Dias
Goiânia – GO

Resgate

A entrevista com o cardiologista Agnaldo Píspico nos demonstra como é possível obter resultados positivos, mesmo diante de grandes obstáculos. O comprometimento com a vida, o entusiasmo com a realização do trabalho e o prazer em ser útil são qualidades que deveríamos cultivar com mais esmero. Que este exemplo sirva para despertar em outras pessoas o desejo de vencer as dificuldades e fazer mais pelos outros. Fico feliz com o entusiasmo do dr. Píspico. Ele está sendo o precursor de mudanças significativas no atendimento de emergência. Parabéns. “Resgate à brasileira” (ISTOÉ 1717).
Lucio Roberto Schossler
Porto Alegre – RS

Farmácias

Excelente a matéria “Medidas de segurança” (ISTOÉ 1717). A informação ao consumidor é cada vez mais necessária para esclarecer a população sobre a qualidade do medicamento manipulado, a importância da integração médico-farmacêutico-paciente, favorecendo muito o tratamento e sem dúvida o resgate do farmacêutico magistral, profissional que sempre atuou pela saúde e pelo bem-estar das pessoas.
Gladys Cardon
Curitiba – PR

Baleias

Agradecemos a ISTOÉ por essa divulgação e informação sobre a pesca predatória das baleias, na década de 50, em Imbituba, uma cidade desconhecida pelo homem, mas agraciada pela natureza. Hoje, com a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, que cobre cerca de 130 km do litoral de Santa Catarina, destacou ainda mais a atenção de pesquisadores, simpatizantes e turistas do mundo inteiro. “Reviravolta nos mares” (ISTOÉ 1717).
Jeferson Nascimento
Imbituba – SC

Guarda da filha

Refiro-me à matéria “Em nome da lei”, veiculada na edição1717 desta prestigiada revista, para esclarecer, na qualidade de advogado da sra. Maria Eugênia Ribeiro, embora com as naturais limitações do meu dever de segredo, alguns aspectos importantes da ação judicial objeto da reportagem, ali não enfocados. Esclareço primeiro que a avó – minha cliente – não pretende tirar do pai a guarda da filha, como foi veiculado na reportagem. No início do ano passado, confrontada com uma injustificada resistência da avó paterna (com quem a menor passou a viver, nos arredores da pequena cidade baiana de Itacaré, desde a morte de sua mãe) em permitir que sua neta passasse parte das férias escolares em sua companhia, aqui em Aracaju, como sempre acontecera, teve que intentar medida judicial para conseguir obter o seu sagrado direito de estar com a neta. Quando aqui chegou, o estado geral da criança espelhava a precariedade da vida em Itacaré (onde não existia sequer hospital): não frequentava escola e os tratamentos ortopédico e psicológico de que necessita tinham sido simplesmente interrompidos. Esse quadro induziu o ajuizamento de nova ação, desta feita com pedido de guarda provisória, que foi obtida em medida antecipatória de tutela, estando o processo ainda sem sentença definitiva. A decisão parte do pressuposto – fartamente comprovado no processo – de que, entre uma e outra das avós, melhor atende o superior interesse da criança estar em companhia da avó materna, numa cidade capaz de proporcionar as condições de desenvolvimento e formação psicológica e emocional que a sua idade exige. É esse o ponto fundamental da decisão e, não, como induz a reportagem, a profissão do sr. Vladimir Brichta. Aliás, a única referência que o processo faz a esse fato não conota, nem mesmo ao longe, o visionário – e inexistente – preconceito que a matéria sinaliza. Comenta-se ali, tão-somente, que as seguidas viagens a que se obrigam os atores de teatro estariam – no caso – impossibilitando a permanência da menor em companhia do pai, tanto que estava ela entregue aos cuidados da avó paterna. Por fim, quanto à equivocada acusação de irregularidades processuais por autoridades judiciárias sergipanas, resta apenas lamentar que o jornalismo praticado por esse sério e respeitado veículo tenha deixado de aprofundar-se no exame da matéria. Se o fizesse, teria visto que o assunto foi objeto de exame também pelo Superior Tribunal de Justiça, sem que tivesse sido ali modificada a correta posição trilhada pelos membros do respeitável Judiciário deste pequeno Estado.
Antônio Eduardo Silva Ribeiro
Aracaju – SE

ISTOÉ responde: A revista limitou-se a retratar o empenho de um pai para manter a guarda de sua filha. As duas partes envolvidas foram ouvidas. A reportagem em nenhum momento se posicionou quanto ao mérito da questão, tarefa que cabe ao Poder Judiciário.

Política

Em matéria publicada na edição da revista ISTOÉ 1716 fui surpreendido com uma declaração a mim atribuída. Na página 27 da matéria intitulada “O jogo de Tasso Scolari” foi publicada uma afirmação, entre aspas, que teria sido feita por mim. Foi colocado na matéria o que eu nunca disse. Conforme o texto, eu, deputado federal Eunício Oliveira, teria dito a amigos: “Preciso me salvar. O Serra já morreu.” É necessário esclarecer que não fiz essa afirmação a amigos ou a qualquer outra pessoa. Quanto à frase que foi publicada dizendo que preciso me salvar, quero deixar claro que nas eleições de 1998 fui eleito com 112 mil votos. Votação mais expressiva conquistada por um deputado federal do PMDB. Sinceramente, essa é uma frase que eu não disse. Realizo trabalho sério como parlamentar e por isso posso contar com a confiança da população do Ceará. Sobre candidaturas, nesta data é cedo demais para dizer que alguma não tem viabilidade. Não afirmei que a candidatura do senador José Serra ou de qualquer outra pessoa já morreu. Estamos no início do processo eleitoral e com a propaganda gratuita no rádio e na televisão a sociedade vai conhecer melhor os candidatos e suas propostas. Muita coisa pode mudar. Acredito na credibilidade e na competência da revista ISTOÉ e dos profissionais que integram sua equipe, e por isso tenho a intenção de esclarecer que as declarações publicadas não foram feitas e não expressam minha opinião.
Eunício Oliveira
Deputado federal (PMDB-CE)
Fortaleza – CE

Ensino

Parabenizo ISTOÉ pela reportagem “Neurônios à obra” (ISTOÉ 1716) e posso dizer que este método é realmente fabuloso, porém observei que os dados das escolas se restringiram a São Paulo e que vocês não citaram um dos pioneiros na introdução do método de Jean Piaget no Brasil, há aproximadamente 30 anos, o professor Lauro de Oliveira Lima, fundador do Instituto Jean Piaget, no Rio de Janeiro, e autor de vários livros relacionados ao construtivismo. Cito tal fato pois a escola que meus filhos estudam (Centro Educacional Escada do Tempo) existe há 21 anos e desde a sua fundação é baseada neste método de ensino. Realmente, as crianças que estudam ou estudaram lá são questionadoras e têm opinião própria desde cedo e buscam construir o conhecimento no seu dia-a-dia. Espero ver novas matérias sobre o assunto, que é, a meu ver, a melhor forma de aprendizado e de formação de cidadãos conscientes.
Jacqueline Maia Ferraz
Vitória da Conquista – BA