Teve gente que quis correr, teve gente que desmaiou, gente que se benzeu, gente que alucinou. E não é para menos. Sabe o que é estar velando um morto e, de repente, o morto aparecer vivo em seu próprio velório? Foi o que se deu na cidade baiana de Alagoinhas. A família do lavador de carros Gilberto Araújo reconheceu como sendo dele um corpo que dera entrada no IML. E assim começou o velório em sua casa, até que um amigo de Gilberto o encontrou num bar e deu-lhe a notícia. “Mas eu acho que estou vivo, me belisca.” O amigo beliscou, doeu, e Gilberto, convencido que ainda não desencarnara, foi para casa. Só o morto de verdade, que estava no caixão e tanto se parecia com ele, não se apavorou.