Retratos de uma obsessão (cartaz nacional) – Sy Parrish (Robin Williams) não é um simples atendente de uma loja que revela fotografias. Nas suas mãos, as máquinas imprimem ótimas fotos devido ao cuidado meticuloso com que ele comanda e regula o equipamento. Os fregueses praticamente não percebem seu esmero ou não ligam para ele. Um esmero que alcança a obsessão, principalmente quando se trata da família de Nina Yorkin (Connie Nielsen), cujo filho Jake (Dylan Smith) o funcionário acompanhou desde o nascimento até seus atuais nove anos. Para Parrish, eles formam a família perfeita, como a que ele gostaria de ter. Portanto, nada deve interferir naquela felicidade de comercial de margarina. É nesta passagem do cotidiano para o que seria um thriller que o filme do diretor Mark Romanek se mostra capenga. Não há tensão nem mesmo na caracterização de Williams como o psicopata voyeur, colecionador de imagens alheias. A previsibilidade acontece desde o início da história e vai se acumulando ao longo dela. Obsessão de verdade é só a do diretor que acreditou ter feito uma fita de suspense. (Apoenan Rodrigues)
Vá se tiver tempo