No domingo 15, o Programa Nossas Crianças, da Fundação Abrinq, receberá um reforço financeiro que vai ajudar a transformar o Natal de centenas de crianças e adolescentes. O programa tem como objetivo gerenciar recursos para várias instituições atendidas pela fundação. A ajuda virá de uma ação do Wall-Mart. A rede de supermercados irá destinar à Abrinq um porcentual das vendas deste dia ocorridas em todas as suas lojas espalhadas pelo Brasil. “A proposta, além de contribuir com o programa, é envolver a comunidade nessas ações solidárias. Todos os clientes que efetuarem qualquer compra em nossas lojas saberão que parte do valor pago irá para o Nossas Crianças”, explica Aprigio Rello Jr., diretor de assuntos corporativos do Wall-Mart Brasil. Segundo ele, faz parte da cultura da empresa desenvolver ações sociais nas comunidades nas quais a rede está inserida. “Com isso, vamos criando parcerias importantes com os nossos consumidores e associados, o que é fundamental para o sucesso da iniciativa”, completa Rello.

Em nove anos de história, o programa Nossas Crianças ajudou a
melhorar a vida de milhares de adolescentes oferecendo oportunidades
e condições para realizarem seus projetos de vida. Jovens como o estudante Carlos Moreira dos Santos, 18 anos, um ex-pichador que
vivia pelas ruas do bairro onde mora, em São Mateus, zona leste de
São Paulo, sem nenhuma perspectiva de vida. “Fazia parte de um
grupo de 12 pichadores e vivia arrumando problemas para a minha
mãe. Não tinha planos para a minha vida”, lembra. Há três anos,
a vida de Carlos começou a mudar de rumo. A convite de um amigo conheceu o Centro de Profissionalização de Adolescentes Padre Belo,
uma entidade conveniada com o Programa Nossas Crianças que desenvolve atividades educacionais para jovens com idades entre
15 e 21 anos. “Esse amigo me disse que aqui era muito legal, pois,
além dos cursos, eles também davam comida. Aceitei e comecei
a fazer desenho que era o que mais gostava,” lembra ele.

No começo deste ano Carlos ganhou uma bolsa de estudos do projeto Virada de Futuro, oferecido pela Fundação Abrinq, e começou a fazer um curso de web designer na Escola Panamericana de Artes, em São Paulo. Além disso, ganhou um curso de inglês e já começa a arranhar as primeiras palavras da língua. “Parece que estou vivendo num outro mundo. Conheci uma nova realidade que nem sabia que existia”, diz o rapaz. Ele, junto com mais três amigos do tempo da pichação, dá aulas de desenho para os novos adolescentes que estão chegando à instituição. “Fico feliz por ter tido uma oportunidade que muitos não têm. Daquele grupo de 12, apenas quatro estão aqui, os outros não tiveram a mesma sorte. Alguns foram mortos e outros estão presos”, conta. A história de vida de Carlos ganhou uma nova versão.

SERVIÇO
Para colaborar com o Programa Nossas Crianças
ligue para: (11) 3081-0699, ramais 110/154/187