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Franz Ferdinand: no mesmo pique do nova-iorquino The Strokes

O arquiduque Francisco Ferdinando de Habsburgo, cujo assassinato a tiros por um nacionalista sérvio serviu de estopim para o início da Primeira Guerra Mundial, quem diria, virou símbolo pop. Foi dele que a banda escocesa de rock indie Franz Ferdinand tirou seu nome. Mas os quatro garotos do grupo, que tem seu álbum de estréia lançado agora no Brasil, não se conheceram nas cadeiras de algum curso de história. Há três anos, quando resolveram empunhar guitarras, baixo e baquetas, eles frequentavam aulas de arte, o que explica seu diferencial no revival pós-punk.

Saudados em 2003 como a melhor banda surgida no Reino Unido desde o aparecimento do Oasis e do Blur, no início dos anos 1990, o quarteto liderado pelo vocalista Alex Kapranos vem sendo comparado ao nova-iorquino The Strokes por causa dos poderosos riffs de guitarra em canções redondas, donas de refrãos grudentos. Basta ouvir o sucesso Take me out, que tomou conta da juventude inglesa. Com suas guitarras costurando um crescendo de baixo e bateria, a música dá uma guinada para um andamento funkeado que envolve de vez o ouvinte. A letra fala de um cara que quer tirar uma garota de uma festa, mas poderia tratar de qualquer outra bobagem que o efeito seria o mesmo. Pois segundo Kapranos, a única pretensão do grupo é mesmo fazer as garotas dançarem.