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TREMEDEIRA
Aplicativo da Cruz Vermelha avisa quando há terremoto nos EUA

Em caso de catástrofe ou acidente grave, a diferença entre a vida e a morte pode estar no bolso da vítima. Apostando nisso, vários desenvolvedores, empresas e entidades criam aplicativos para dispositivos móveis com o objetivo de dar sobrevida aos envolvidos em tragédias. Dois desses produtos acabam de chegar ao mercado.

A Cruz Vermelha americana lançou um aplicativo gratuito (somente para os EUA) que avisa quando há terremotos, indica onde fica o abrigo mais próximo e conta com um botão de acesso rápido que avisa os contatos do celular de que o usuário está bem. “Receber informações e poder compartilhar com outras pessoas é a chave para agir de maneira adequada”, diz Don Lauritzen, responsável pela comunicação de serviços da entidade. Desenvolvido por uma empresa privada, o Earthquake Buddy (por enquanto só para iPhone, US$ 4,49, funciona no mundo todo) é outro app que avisa sobre tremores e envia e-mails automáticos de alerta para contatos pré-cadastrados quando detecta um terremoto a partir de 5,5 graus de magnitude.

Quem for salvo por um desses aplicativos não será o primeiro que deve a vida ao celular. Dan Wooley sobreviveu ao terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010. Ferido e preso nos escombros de um hotel, ele lembrou-se de que tinha um aplicativo de primeiros-socorros no celular. Seguindo as orientações do programa, usou peças de roupa e um cinto para estancar sangramentos nas pernas e na cabeça. Foi resgatado dois dias e meio depois.

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Segundo o desenvolvedor de aplicativos Lucas Longo, a necessidade de pensar em serviços de localização para celulares começou no início da década de 2000 – antes do lançamento dos smartphones e quando não havia GPS integrado aos aparelhos –, quando a polícia americana percebeu que isso seria útil para atender aos chamados. “Isso impulsionou o mercado”, diz. Longo é fundador do Instituto de Artes Interativas, em São Paulo, e usa o app Find my Friend para checar a localização da enteada no dia a dia.

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Ele afirma que os programas contra terremotos poderiam ser adaptados à realidade brasileira, para problemas como enchentes, deslizamentos e falta de dinheiro para comprar smartphones. “Por isso seria mais eficiente desenvolver um sistema de alerta via SMS, que atingiria quase 100% dos usuários”, diz. Afinal, os smartphones estão nas mãos de apenas 14% dos habitantes do País, segundo o instituto Ipsos Media CT. Os outros 86% teriam de achar outros meios para enfrentar catástrofes.


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