Sucessão presidencial
Parabéns pela belíssima entrevista com Lula. Imparcial, objetiva, enfocando o essencial, a matéria é uma prova definitiva não só do preparo de Lula, mas também do jornalismo de primeira que transformou ISTOÉ numa fonte indispensável para quem quer estar bem informado. “Negociar e negociar” (ISTOÉ 1722). Antonio Veronese Rio de Janeiro – RJ Depois de atravessar essa campanha eleitoral estando em primeiro lugar e demonstrando ter a adesão que vai levá-lo à Presidência, Lula está recebendo críticas que, de longe, tentam, de forma “intelectual”, questionar a sua competência. Pedro Augusto M. Vieira Campinas – SP

Lula pode não ser acadêmico, mas sua trajetória limpa demonstra o que ele tem para ensinar a muitos de nós, nascidos sob o signo da negação das perspectivas por culpa de uma sociedade que exclui, dos direitos adquiridos e essenciais, a maioria da população. Onde está escrito que, para ser presidente, precisa ser formado em alguma faculdade? O âmago da questão é que Lula não precisa de diploma universitário para demonstrar que é doutorado. Graduado por conhecer os lamentos das pessoas mais necessitadas e entendê-las no seu íntimo. Aliás, se todos os verdadeiros analfabetos, os fabricados em séculos de segregação e exclusão, ostentassem metade dos conhecimentos que Lula adquiriu na dura batalha do dia-a-dia, nossa situação, enquanto sociedade não seria tão vexatória e injusta.
Frank Ferreira dos Santos
Rio de Janeiro – RJ

Como assinante desta revista, não poderia deixar passar em branco a declaração de Eugênio Staub, presidente da Gradiente. Chamar
Lula de estadista deve ser uma brincadeira. Carlos Alberto Rainha Batista
Colatina – ES

Parabenizo ISTOÉ pelas excelentes reportagens realizadas com os nossos principais candidatos a presidente da República, com a finalidade de manter seus eleitores bem informados, e, melhor, sem parcialidade. Com as entrevistas, podemos concluir que os nossos candidatos têm boas propostas e belas intenções: Lula tem defendido as construções das plataformas da Petrobras aqui no Brasil, com a finalidade de criar novos empregos e capital interno; Serra, por sua vez, deseja criar o Ministério da Segurança Pública e criar, ainda, presídios federais de segurança máxima; Ciro, candidato da Frente Trabalhista, quer proibir o porte de armas na via pública; o populista Garotinho propõe expansão das nossas exportações para Ásia (Índia e China em especial). Seria maravilhoso se tivéssemos um quinto candidato a presidente, que reunisse todas essas propostas e intenções! Otavio Souza de Assis
Rio de Janeiro – RJ

Por que quando Lula foi entrevistado ninguém perguntou como uma pessoa sobrevive sem trabalhar durante tantos anos?
Elza Gonçalves
São Paulo – SP

 

Katia Lund
Excelente a entrevista com Katia Lund. Ao contrário do que ela diz, não lembrarei do filme Cidade de Deus por apenas duas semanas, mas sim pelo resto de minha vida. É um daqueles filmes que – junto com alguns outros poucos – são inesquecíveis. O roteiro é brilhante. “Entre o asfalto e o morro” (ISTOÉ 1722).
Ricardo Meyer
São Paulo – SP

A entrevista mostra claramente que a cineasta Katia Lund foi cooptada pelo narcotráfico carioca. Os traficantes locais devem estar soltando fogos pela apologia de seus maléficos produtos. Ou seria ela uma inocente útil? Afanasio Jazadji
Deputado estadual
São Paulo – SP

Superação
Gostaria de parabenizá-los pela reportagem sobre famosos que conseguem se recuperar. Ela mostra para as pessoas que os problemas existem para todos, independentemente de serem famosos ou não. É contagiante e esperançosa a força de vontade que o cantor Herbert Vianna vem apresentando na sua recuperação. O público deseja e torce para a melhora de seus ídolos. “Lições de vida” (ISTOÉ 1722).
Camila Juliana Siqueira
Goiânia – GO

Escolas profissionalizantes
Parabéns pela reportagem “Não sou doutor, mas sou feliz” (ISTOÉ 1722). A revista pode trazer à tona um assunto de extrema importância no País, devido ao papel que a escola técnica tem para impulsionar a economia. Também sou técnico, e o painel de estágios e oportunidades da escola nunca está vazio. Pena que o atual governo estadual não enxergue o papel deste tipo de ensino, visto que na rede estadual de ensino muitas escolas estão com classes vazias e baixo nível de remuneração, além de precárias condições de laboratórios. Leonardo Massaguer
Campinas – SP

Meio ambiente
Excelente a entrevista com o ambientalista Roberto Messias Franco. Sua visão global das questões ambientais comprova sensibilidade e compromisso com a melhoria da qualidade do meio ambiente que o mesmo já demonstrava há 20 anos, em suas aulas na Universidade Federal de Minas Gerais, onde nos ensinou e incentivou a conservação e principalmente o respeito ao planeta que nos acolhe. “Unir para conservar” (ISTOÉ 1721).
Dayse R. Corrêa
Brasília – DF

Prêmio Nobel
A matéria “Desenvolvimento não está na bolsa Gucci” (ISTOÉ 1720) com o Prêmio Nobel Joseph Stiglitz mostra que a globalização elevou
o padrão de vida de milhões de pessoas num pequeno espaço de tempo, mas também, neste mesmo percurso, assolou a situação econômica de milhares de pessoas, rebaixando-as do patamar de pobres para o de miseráveis, ao verem seus empregos ceifados, causando insegurança e instabilidade. Desse modo, precisamos de uma economia de transformação, que beneficie o desenvolvimento sustentável, em que toda a sociedade possa ter a oportunidade de desenvolvimento e crescimento.
Talita Barbosa Abreu
Mossoró – RN

Petrobras
A respeito da reportagem publicada pela revista em 15 do corrente sob o título “Ligações perigosas” (ISTOÉ 1720), cabem os seguintes esclarecimentos, de forma a afastar qualquer possibilidade de uso indevido de suposições e especulações, como costuma ocorrer quando se pretende unicamente denegrir a imagem de personalidades públicas, quase sempre para atender a interesses de terceiros. Estou seguro de que a linha editorial de ISTOÉ fundamenta-se no respeito à veracidade dos fatos, e é nesse sentido que decidi por escrever-lhes. Como ocorre na maioria dos casos, uma singela consulta à cronologia dos fatos – procedimento essencial para um jornalista ou quem mais pretenda provar ou negar um ponto de vista – é suficiente para esclarecer que o citado artigo procurou manchar, mediante argumentos ilídimos e infundados, a personalidade do presidente Francisco Gros, de quem não recebi procuração para sua defesa, eis que se trata de pessoa merecedora do meu mais elevado respeito – profissional e pessoal – na minha qualidade de geólogo e geofísico integrante dos quadros da Petrobras nos últimos 37 anos. E os fatos são os seguintes: em 9 de agosto de 2001, o gerente-geral da Unidade de Negócio do Rio de Janeiro da Petrobras aprovou o Plano de Ação para a condução do Projeto Básico do Campo de Marlim Sul; em 29 de outubro de 2001, a Petrobras definiu que deveriam ser convidadas as empresas Aker Maritime e GVA Consultants, para o detalhamento das especificações técnicas do projeto, por serem as únicas empresas com projetos já construídos e testados, com o porte e características das plataformas em causa (P-51 e P-52); em 9 de novembro de 2001, o signatário desta carta autorizou o início do processo de contratação desses serviços; em 26 de novembro de 2001 foi constituída a Comissão Interdepartamental para abrir os envelopes contendo as propostas, e, em 10 de dezembro de 2001, foi divulgado o resultado da licitação, com a classificação da Aker em primeiro lugar. Somente em 2 de janeiro de 2002, o sr. Francisco Gros assumiu a presidência da Petrobras. Ou seja, em data posterior à tomada de todas essas decisões que antecederam, observadas as normas e a legislação aplicável, a assinatura dos contratos. Cumpre ressaltar que as decisões corporativas da Petrobras transcendem os períodos de mandato dos ocupantes da sua presidência ou de direção. Acima de seu presidente e de cada um de seus diretores funciona uma diretoria executiva e, acima desta, o conselho de administração, e todas as decisões técnicas são fundamentadas pelos pareceres de seu quadro de profissionais especializados. Estes são os fatos. E somente os fatos merecem a nossa consideração.
José Coutinho Barbosa
Diretor de exploração e produção
da Petrobras
Rio de Janeiro – RJ

ISTOÉ responde: Esta revista não teve o intuito de manchar a personalidade do sr. Francisco Gros, que, se tivesse uma imagem comprometida, não teria exercido cargos importantes no Morgan Stanley e BNDES, antes de assumir a presidência da Petrobras. ISTOÉ procurou apenas exercer seu direito de informação, previsto no artigo 220 da Constituição Federal e mantém seu compromisso com a ética jornalística e com os interesses brasileiros. O repórter que assinou a matéria faz a cobertura da Petrobras há 26 anos, e sua ética profissional já foi reconhecida por ex-diretores, ex-presidentes e engenheiros da empresa.

Energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem, por meio desta, afirmar que não forneceu nenhuma informação nem emitiu nenhum juízo de valor sobre a intervenção decretada por ela na Companhia Energética do Estado do Maranhão (Cemar), um dos assuntos da matéria publicada na edição de ISTOÉ 1719, sob o título “À meia-luz”. Como órgão regulador do setor elétrico brasileiro, não cabe à Agência conceder entrevistas ou divulgar informações sobre processos administrativos enquanto os mesmos se encontrem em andamento, caso da intervenção na Cemar. Uma vez concluídos esses processos , é obrigação legal do órgão disponibilizar os relatórios produzidos sobre esses procedimentos em sua página na internet.
Antonio Matiello
Assessor de imprensa
Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel)
Brasília – DF

Ensino
Mês passado, em uma visita ao Brasil, tive a oportunidade de ler uma cópia da revista ISTOÉ, edição 1716. Como educadora, fui rapidamente para a seção Ensino. Embora tenha apreciado o artigo sobre pedagogia construtivista “Neurônios à obra”, fiquei muito surpresa com a ausência de qualquer referência ao educador brasileiro mundialmente reconhecido, o finado dr. Paulo Freire. Dr. Freire não apenas dirigiu o sistema de educação pública municipal de São Paulo, mas também publicou trabalhos sobre pedagogia que levaram educadores progressistas de
todo o mundo a expandir o construtivismo para além de explorar o dia-a-dia, ajudando quem aprende a compreender por que sua realidade diária é do jeito que é e a descobrir formas de melhorá-la. O construtivismo continua sendo uma maneira interessante de engajar os alunos no aprendizado básico, mas não necessariamente os ajuda a entender seu mundo, dar a ele sua contribuição, analisar por que têm de viver em um determinado bairro, por que uma empresa acrescenta mais açúcar em um produto ou por que deveriam apoiar um determinado candidato. “Aprender a pensar” deveria ser fundamental; aprender a questionar é uma habilidade a ser ensinada e um direito que deve ser defendido. Com todo o devido respeito a Piaget, Emilia Ferreiro (e Anísio Teixeira), temos que reconhecer o Paulo Freire pelos componentes do pensamento crítico da pedagogia construtivista. Espero que, da próxima vez, ISTOÉ inclua referência ao mais amplo e altamente admirado educador brasileiro em tais artigos sobre ensino.
Terri Lapinsky
Washington – EUA

ISTOÉ responde: A revista não tem dúvidas sobre o valor do educador Paulo Freire e sua obra, mas o objetivo da reportagem foi mostrar como as escolas estavam lidando com a “construção do conhecimento” e como é possível detectar se isso está realmente acontecendo. O quadro “Classificações e pensadores do ensino” destinou-se apenas a esclarecer ao leitor termos e pessoas citadas no texto.